Após um tempo transcrevendo aquilo que sentia, ou não, leu o que resultara. Aquilo parecia gritar em sua mente, mesmo não tendo se esforçado ou querido dizer alguma coisa. Aquelas letras juntas tinham, sim, muito sentido.
Releu suas próprias sensações uma infinidade de vezes, dobrou o papel, colocou em seu bolso e saiu. Caminhou algumas quadras, viu uma lixeira, pegou a anotação e a colocou fora. “Isso é por demais revelador e não deve ser visto por mais ninguém”, pensou ele.
Continuou a andar e nem olhou para trás. Esqueceu seus pensamentos e não tentou descrevê-los novamente. O papel, onde tudo era revelado, foi destruído ou parou em algum local sem vida, onde ninguém jamais voltará a lê-lo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário