domingo, 31 de maio de 2009

O

Tudo passa sempre pelos mesmos pontos, sempre se repetindo.
Mas nada volta.
O que está aqui já foi e nunca mais voltou.
Porém está neste mesmo lugar, pois a estrada faz uma curva sempre pro mesmo lado.
E aqui estou eu de novo.
Como ginetes dos cavalos de um carrossel, aqui estamos nós de novo.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Dedos

Meti a mão e me cortei.
Bati os dedos contra o muro, dei soco na parede.
De tanta pedra e tanta corda, eles se fizeram fortes.

Na oitava vez, a mão não se cortou.
Os socos no muro não doíam mais.
Mas uma mão que não se fere na pedra áspera não sente a beleza de tocar uma flor. E a diferença entre a agressão e o carinho é uma linha fina que a mão grossa não sabe diferenciar.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

não esqueça de ser aquela pessoa que tu gosta tanto,
não esqueça de sorrir quando o dia está bonito, ou quando a chuva vem refrescar...
não esqueça de cantar a sua música preferida, de dançar a qualquer som,
de rir sem motivo...
não esqueça de desenhar, pintar, escrever, não porque tem um bom resultado,
mas porque faz te sentir bem!
não esqueça de ter tempo pra pensar, pra relaxar.
não deixe as pessoas que tu ama de lado, não deixe o amor esfriar,
ou os compromissos comerem o todo teu tempo.
Não empurre a felicidade pra depois.
Não espere o próximo ano pra curtir a vida.
Pare de reclamar,
se a vida está ruin, tente muda-la, se não pode, aproveite o que tu puder.
não se deixe consumir pela raiva, pela revolta,
não se anestesie, não entre no piloto automático.
tente construir cada dia uma vida melhor, tente aproveitar todo o tempo...
não esqueça quem tu é...
não se deixe levar até tu ser só mais um, até tirarem o melhor de ti.
se agarre aos teus valores, as tuas verdades,
não se entregue, não deixe eles ganharem...
não esqueça de ser quem tu é.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Exercício (não, não é)

Não, não é o tempo que passa rápido tão rápido... somos nós que corremos demais.
Não, não é a vida que é curta... nós é que, na verdade, pra valer, vivemos tão pouco.

O medo que temos da morte não é por abandonar este corpo, é medo da solidão. Somente cabe uma alma na passagem entre este mundo e os outros. Somente cabe um reflexo no espelho, mas muitas imagens passam pela janela.

E pra ti (sim, tu), o que mais importa: o dentro ou o fora?

Não há alguém que nos conheça melhor do que nós mesmos. Por isso essa incerteza, essa vontade de ser outro.

E luta contra a dúvida, inimiga insensível, invisível, invencível. E foge do ficar, do permanecer e da vontade de deitar. E o abraço é arma decisiva.

Não existe melhor disfarce que uma fantasia. Não existe melhor mentira do que uma confissão.

E as mensagens são escritas nas costas de quem deveria lê-las. Pois o medo de revelá-las é muito grande.

domingo, 17 de maio de 2009

Ameaças

Elas são maiores, mas ainda não são completas. Espero que alguma um dia se realize. Há muita coisa que assim espero...

Ameaça III - Estrela Vermelha

‘Não era de se esperar que as pessoas reagissem de outra forma, vivendo sufocadas por uma constelação de tão tênue insignificância... Ocorre que a disciplina pode ser implantada até mesmo nas mentes mais revoltadas. Porém, nesses casos, um conseqüente desprendimento da ordem disciplinar a qual estas foram submetidas pode levar a atos mais amplamente destrutivos. Atos extremamente perigosos... ’
Era o que eu ouvia, de um dos sacerdotes, numa das que seriam as últimas noites em que estaria aos pés do templo. Desde que tenho uma visão própria ou racional dos fatos, acho que as pessoas são muito mais influenciadas pelo que sentem em relação a quem lhes diz algo do que pelo conteúdo da mensagem. Talvez por isso toda esta história pareça tão vazia, por ser pronunciada por uma voz neutra, por um rosto sem emoção, mais parecendo um autômato. Na verdade, todos os baixos sacerdotes são muito parecidos, em seu modo de agir e se expressar – ou não expressar. Passam décadas sendo treinados para isso. Talvez, no início, tivessem algo de especial. Como plantas constantemente podadas, sem flores ou folhas, que, ao não serem muito mais do que troncos, são apenas formas indecisas e indefinidas.
Era isso o que eu pensava, quando aquelas palavras ultrapassaram a barreira dos meus ouvidos e se permitiram interpretar por meu cérebro. “Perigosos”, disse o padre. O perigo é um sentido com o qual a maioria dos cidadãos não está acostumada. Na verdade, a sociedade garante bastante tranqüilidade para que possam viver felizes. Há muita segurança... Para seus corpos. Mas e para seus corações?
‘... Como fios condutores da verdade, entendimento e justiça, que parte de nossos sábios e nobres mestres, chegando a cada cidadão, somos nós responsáveis por manter estes ideais de harmonia e irmandade entre os homens. Cada um que parte, em direção contrária ao equilíbrio, significa um esforço dos que seguem a linha da correição em mantê-la reta. Isso causa instabilidade, e conseqüentemente redução nos resultados potenciais e no rendimento do trabalho. O que faz com que a nossa bênção divina seja menos brilhante. Mantenham a jornada conforme planejado - esse deve ser o ponto constante em seu fluxo de pensamentos. Era o que eu tinha a dizer, àqueles que chegam hoje e àqueles que partem depois de amanhã.

Ameaça II - Grande Reunião

Peixoto foi o primeiro a chegar. Quando os outros chegaram, já estava lá há muito tempo. Alguns dizem que sempre esteve lá, e que o ‘lá’ se fez ao redor dele. Sorriu discreta e amigavelmente, durante períodos breves, a cada um dos que chegaram posteriormente e o cumprimentaram, respondendo não mais do que um ‘sim’ quando perguntavam se tudo estava bem. E ele podia assegurar isso.
Raul foi o segundo. Chegou e logo se sentou, ao lado direito de Peixoto. Trouxe um saco de papelão, do tipo de que se usa para embalar pão, e o deixou na mesinha onde havia também uma garrafa térmica com café e seis pequenas xícaras de porcelana.
Eu fui o terceiro a chegar. Cumprimentei Peixoto com a mesma distância de sempre e dei um abraço em Raul, que se levantara para me saudar. Ele notou que trouxe uma caixa. Depois dos cumprimentos, deixei-a perto da lareira. Voltei para perto da porta e fiquei de pé, esperando a chegada dos restantes.
Carlos chegou, como de costume, com um maldito cigarro na boca. Apertou minha mão e ficou do lado de fora, tragando o seu veneno. Entrou logo depois, e sentou-se à frente de Raul, na mesma hora em que começou a chover. Forte.
Passaram-se vinte tediosos minutos até que chegasse Ernesto. Veio vestido com uma camisa simples e não muito nova. A longa barba preta trazia consigo alguns farelos de comida, que ele limpou depois que lhe fiz um sinal indicando a sujeira. Tirou o boné marrom estilo Fidel Castro que usava e sentou-se no sofá que ficava perto da mesa do café, às costas de Raul, que se virou, ficando de lado na cadeira.
Depois de mais meia-hora esperando, Carlos comentou:
- Que será que houve com o Alexandre? Não se atrasaria tanto tempo se tudo estivesse bem...
- Acho que não virá... - disse Raul calmamente.
- Vamos começar sem ele. - propôs Carlos.
- Não. - respondeu Peixoto com voz firme e fria.
- Não seria justo e nem daria certo. - disse Ernesto - Acho melhor procurá-lo. Quem vai comigo?
Eu fui.

Ameaça I - O inatingível

A luz daquela manhã ainda era quase escura como a noite. Ahmiad levantou-se em silêncio, deu um beijo na irmã, que dormia, e foi com o pai até a porta. Nas suas costas levava a mochila, com algumas moedas, pena, tinta, um livro vazio, outro cheio de escritas e roupas simples; também seu arco e pouco mais de uma dúzia de flechas. Vestia seu robe cinza claro. Seu cavalo estava pronto do lado de fora. Pensou: “e eu, estarei?” O abraço no pai demorou algum tempo, até que este se desvencilhou de seus braços e, com os olhos, apontou o animal que esperava. Ainda mirou o velho Sombra da Noite por alguns segundos, pensando no tempo em que passariam juntos e como era bonito seu pelo escuro com manchas negras, mesmo tendo passado pelo amanhecer tantas vezes. Ajeitou a bainha do sabre e montou.
Olhou de volta para casa. Viu o que sempre via, mas de um jeito que o fez sentir saudades antecipadamente. A casa não era muito extensa, tinha dois andares. Era uma casa de elfos numa cidade de homens; ficava no chão e tinha paredes sólidas de madeira meio escura, porque estava numa cidade de homens. Na frente, no lado direito (na visão de quem chega) da larga porta havia uma grande janela, sob ela uma floreira com flores claras e incomuns, porque era uma casa de elfos. No segundo andar mais duas janelas, menores que a de baixo, a da esquerda sendo a do quarto de Ahmiad, a da direita, a do quarto de Adamud e da esposa, Érika. O telhado era feito de telhas de barro, escuras e bonitas. De fato, toda a casa era bonita, simples e de bom gosto, como uma casa de elfos numa cidade de homens. O chão era feito com tábuas estreitas e curtas, as paredes internas eram pintadas de branco e, numa delas, na sala, acima da lareira, estava pendurado um grande retrato de Selmone, o patriarca da família, que morreu na guerra. Fora pintado numa pose honrosa, vestindo uma belíssima malha élfica, com a mão direita sobre o punho da espada embainhada na cintura, e a outra segurando o elmo prateado com o desenho de uma meia lua, elmo este que usava em batalha.
A luz do amanhecer dava àquela construção de madeira um ar belo e melancólico, o que fez com que ambos pensassem em coisas vagas e distantes. Talvez lembranças de pessoas que se foram, talvez daquelas que nem vieram.
- Será um longo caminho...
- Será. - depois de alguns segundos silenciosos Ahmiad acrescentou, sem tirar os olhos verdes do nada: - Voltarei logo.
- Voltará na hora certa.
Abaixou a aba do chapéu pontudo. Nesse instante, o sol nascia no horizonte. Ambos observaram o belo momento por um instante silencioso.
- Que o Criador ilumine seu caminho - disse Adamud.
- Que Sua luz se divida sobre todos nós.
Após essas palavras, cutucou o cavalo e partiu, sem pressa ou com medo de chegar logo. Preferiu não falar com seu irmão, até por não saber onde este andava, nem com a madrasta, pois nada havia a lhe dizer, como sempre. Sairia pelo oeste e pelo norte. A poeira não se levantou enquanto os cascos leves de Sombra da Noite pisavam lentamente o chão. Não olhou para as pessoas por quem passava ao sair da cidade, apenas cumprimentou um ou outro conhecido que gritou seu nome. E esses pouco se importaram com sua muda passagem, conversa não lhes faria falta. Mas uma voz o chamou de uma maneira familiar, mesmo soando diferente. Uma voz meio cansada, meio triste e meio distante. Olhou para trás e viu a irmã correndo com os pés delicados nus, os cabelos loiros esvoaçando. Parou e desceu do cavalo. Logo ela o alcançou.
- Partiria sem dizer adeus? - perguntou Alana ofegante, segurando os braços do irmão.
- Dizer adeus me dói, principalmente a você - respondeu Ahmiad.
- Então não vá, não precisaria dizer adeus se não nos deixasse...
- Ficar aqui me faria sofrer ainda mais. Por mais que eu goste daqui e de vocês todos, esse é um lugar que me traz angústia e lembranças as quais não queria ter. Eu preciso ficar um tempo fora, respirar ares mais leves, sentir no rosto um vento fresco de terras longínquas.
- Quanto tempo pretende ficar longe?
- Não sei dizer. Até que eu já possa sorrir novamente, ou até que não tenha mais olhos para chorar - disse Ahmiad enquanto passava suavemente a mão nos cabelos da irmã.
- Suas palavras são tristes e pesadas. Eu sinto tanto... - disse ela segurando a mão fina e de dedos compridos dele.
- Triste e pesada tem sido minha vida. Dessa vez não tenho palavras bonitas para usar no lugar dessas, que são duras e ásperas. Não se contagie pela minha tristeza.
- Mas porque saía em silêncio?
- Não quis acordá-la, estava com uma aparência tão tranqüila enquanto dormia.
- Tolice! Não pode e nem lhe permito partir sem dizer adeus!
- Adeus.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Reflexo

Cuidado. Janelas e espelhos transmitem imagem. Mas as fontes delas estão em lados diferentes.

É parte, mas é todo

Aquela parte no meio da confusão é tua essência... o eu, um eu, tanto faz. Mas ela é feita das partes que a cercam. Assim como eu, qualquer outro. Afinal, é difícil diferenciar grãos de areia de uma mesma praia. Talvez até nem se deva. Talvez até nem se possa.

The Masterplan

somos crianças e nada importa, só o presente, só o carinho, as brincadeiras, as risada e os desejos mais imediatos...
Depois começamos a brincar de ser adultos, mas nossos olhos seguem vendo o mundo romântico, tudo é belo, até mesmo a dor.
Aos poucos o mundo vira mais cinza, as pessoas parecem vazias, o mundo cruel, tudo é tão injusto. E nós odiamos tudo...
Logo tudo vira automático, nada mais surpreende, o dia-a-dia é tão louco, não nos da chance de respirar, pensar, muito menos sentir.

Mas alguns conseguem abrir os olhos e ver uma imagem maior.
O mundo como é, de todas as cores, tamanhos e formas. Tão ambíguo, tão complexo.
Pessoas tão diferentes e tão iguais, cada uma seguindo seu caminho...
Todas partes de um plano maior..
E num momento, do nada,
você se reconhece no próximo,
e vê que toda uma vida tentando se construir era ilusão,
a construção de um castelo de vento, feito só para impressionar.
assim, no meio de tantas coisas que quero ser,
de tantas coisas que planejo fazer,
de tantos planos, a, b, c...
no meio de tantos eus,
entre o passado, o futuro e o presente,
bem no nó entre a emoção e razão, a loucura e a responsabilidade, o céu e a terra, o certo e o errado, o normal e o bizarro,
Entre as emoções mais mesquinhas, os instintos mais vis,
e os sentimentos mais puros, o amor mais verdadeiro e altruísta
Entre a melhor versão de mim mesma e a mais baixa delas,
Bem ali no meio,
você me encontrará...

quinta-feira, 14 de maio de 2009

E pra quê?

Tempo fatiado, partes diferentes, sem um momento para tirar um tempo, parar um pouco. Porém, sem parar um pouco, apenas indo para lugar nenhum.
Tanta coisa por obrigação e tão pouco por gosto. Afinal, pra quê tudo isso? O que há de tão importante em uma rotina de atos voluntários desagradáveis? Ora, que estupidez!

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Confessamos que o cavalo, afinal, se tratava de uma mariposa.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

E quem pode afirmar que aquela máscara não seja, na verdade, um escudo?

terça-feira, 5 de maio de 2009

E que importa se as estradas são feitas de pedras ou sonhos?

Que importa se os mundos são feitos de mentiras ou matéria?
Sua pele é uma colcha de retalhos... como ele pode esconder uma coisa que sequer encontrou?
Era uma vez um príncipe encantado.
Ele era forte, valente, inteligente e bonito.
Ele vencia todos o seus dragões, e arrancava suspiros de todas as damas.
Ele vivia bem bricando nos seus teatros de faz-de-conta.
Até que um dia ele viu alguem que o fez cair do cavalo.
E ele enxergou que seu mundo era feito de ilusão.

contraste

Eu queria fugir disso tudo que dói.
Isso tudo que faz lembrar que eu sou humana,
que eu sinto, me machuco e não tenho controle sobre mim.
Eu queria que tudo isso sumisse,
tudo isso que não tem solução,
tudo que me puxa pra baixo e me tira da minha ilusão.
Eu queria poder acreditar nas minhas mentiras,
e seguir a vida.
Porque vocês não me deixam em paz?

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Quando você vai parar de atuar o tempo todo?
De fingir ser o que não é?
De esconder suas partes mais feias?
Quando vocês vai chutar o balde, escancarar a porta e ser quem você realmente é?
Quem é você?
Quero saber a verdade.
Não quem você deseja ser, a parte racional e bonita, a que tu demonstra.
Também quero conhe-la,
ela também é parte de ti.
Mas quero saber mais, ir mais fundo!
Quais são teus desejos, tuas manias, teus defeitos?
Quais são teus vicios?
Você tem sede de que?
Quais são teus traumas, travas e raivas?
Mergulhe fundo e me conte tudo.
Teve épocas que o que eu mais prezava era a bondade,
em outras a inteligência, a alegrias, os sonhos, a diversão, a conversa ou os gostos..
Hoje em dia eu só peço uma coisa;
Verdade.

Por favor, Hosnestidade.

Por favor, honestidade acima de tudo.
Honestidade com o próximo, e principalmente consigo mesmo.
Honestidade nas atitudes, na fala e nas roupas.
Coerência, crueza e realidade.
As coisas com são.
Por favor, Hosnestidade.

domingo, 3 de maio de 2009

uma vez eu tentei ser quem eu não era
tentei me limitar pra encaixar em algum lugar
tentei ser só uma parte de quem eu sou
para tornar as coisas mais simples,
para enxergar o caminho, para deixar os outros felizes.

essa vez eu me sufoquei, amputei partes de mim,
fugi dessas partes por não serem apropiadas,
por não ser o certo, não ser o melhor ou o mais bonito.

Aquela vez eu menti pra mim mesmo,
ficava infeliz e sentia um vazio.
me sentia presa, morta.

preciso ser absoluta, ser eu por inteira,
me expressar, gritar, dançar..

Nunca tente se encaixar,
é melhor a solidão, a confusão, a loucura
do que a mediocridade, o vazio e o tédio.
preciso de espaço pra respirar e ser eu mesma.
Minha hora diária de solidão
Jogada ao sol em meio as árvores
Pode ser jardim criado pelo homem,
e eu sentada num banco de concreto..
mas me foco nas coisas boas.
Silêncio.
Uma hora de paz, meu encontro comigo mesmo.
Uma música, um livro, ou apenas o vazio...
Serenindade, um pouco de lucidez

sábado, 2 de maio de 2009

Palhaço

O palhaço é um dançarino. Dança a mais triste das danças, aquela que esconde a verdadeira essência do ser humano, pois a mostra exatamente como é, de forma que ninguém acredite ser aquela a verdade. O palhaço é um ilusionista, e o salvador da auto-estima da humanidade. Ele esconde dela o que ela é, mostrando a ela exatamente isso.