quarta-feira, 30 de junho de 2010

Uma pequena verdade

No último quadro, a verdade;

Existem muitas supresas que perdem a graça quando reveladas, acho que a vida pode ser uma delas.
Talvez eu tenha tantos amigos que ficar sozinho chega a ser um grande esforço, mas quem pode me julgar por ter escolhido não decidir entre ser bom e ser mau? Infelizmente, essas coisas estão relacionadas, apesar de não parecer.
A verdade é que eu sou a única pessoa no mundo que não tem sotaque, e sou o único capaz de compreender meu ponto de vista. O irônico é não saber qual é ele até que seja posto em questão. Mas tudo bem, há tempo pra mudar de idéia, quando ainda não se teve nenhuma.

De qualquer forma, sempre surge uma nova definição para uma antiga incerteza: a vida é uma história em quadrinhos com os balões de fala em branco.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Eu sorri e pensei: "chega"

Foi o último cálculo, o último passo na direção errada. Demorou, mas ainda há tempo.
Que fiquem, aqueles que querem, tentando entender as coisas que nós mesmos inventamos.

A ciência é muito mais complicada que a vida, assim como o é a filosofia. Entretanto, parece honrado estudar aquilo que não faz sentido, algo que surgiu artificialmente. Enquanto isso, as mentes nossas e nossos mistérios continuam jogados num canto, vasculhados apenas pelos loucos, pelos poetas e pelos perdidos, os que se perderam na estrada para a fortuna, assim apontados pelos anéis de ouro.

Perdido, na verdade, é quem procura por novidades sempre nos mesmos lugares; quem joga fora os primeiros cinco frutos do cesto, não importando seu estado, e saboreia, faminto, os dois restantes, mesmo sabendo que aquilo não lhe será suficiente.

Pra mim, chega, pensei enquanto sorria e deixava as questões em branco. Não, não são essas questões que eu quero responder, eu nunca realmente as formulei.

E agora, decidido por não mais aprender a sabedoria de mentira, eu sei pra onde realmente devo ir; irei pra qualquer lugar, desde que nada me empurre para lá contra vontade. Desde que eu possa descobrir algo que ninguém nunca viu, lá no final;
Minha mente me aguarda.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

The Same Old Fears...

Hoje pela manhã, na carona com meu irmão, eu vi as pessoas na rua. Um ou outro conhecido, outros tantos estranhos. E pensei em quanta coisa eu não sabia sobre cada uma delas. De todas histórias que eles protagonizaram, conheço nem sequer o título; como se todos fossem portadores de grandes mistérios - e o eram. Quantos segredos guardavam, quais mentiras contavam pra quem os ouvia? Foi como se, depois de muitos anos, eu visse a trilha por trás deles, por onde aqueles desconhecidos passaram e deixaram suas marcas. Olhando em seus rostos, vi que não sabia de nada que se passava por trás deles, muito menos do que viria pela frente. E ao chegar aqui, olhando meu reflexo pela janela, pensei: e esse, o que será dele?
Enquanto escrevia isso, Us and Them, do Pink Floyd, preenchia o vazio entre meus ouvidos, me lembrando que, depois de tudo, somos apenas homens comuns.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

In-escolha

Eu queria fazer uma poesia,
onde dissesse tudo que eu quero dizer

Mas eu fico aqui,
aprendendo a calcular
E, mesmo assim,
perdi a conta de quantas coisas já perdi