terça-feira, 4 de junho de 2013

Povo em Pé


   O tempo decorrido deixou ali a farta bandeja de frutos copiosamente cultivados. Foi necessário plantar, adubar, prover. Sobretudo soterrar. Ao findar os questionamentos sobrou espaço para a contemplação e dentre outros ali estava o fruto da meia-alma. 
   Foi trabalhando que teve a epifania: a outra - e nova - metade da alma lhe dizia que bastava um olhar diferente. Pois bem, como poderia antes ter visto um mesmo aspecto sob duas formas se possuía apenas um olho? 
   Agora anseia por ver além das sombras alegóricas de Platão. A resposta está nas profundezas, sugere a intrigante carta xamânica.