sexta-feira, 22 de abril de 2016

Percebi

Então, estude mais, história, ciências, exatas ou humanas, para após vir falar comigo. Faça como eu digo e acredite em mim, afinal de onde vem essa sua racionalidade que difere da minha e por isso não é inteligente?
Blá.
Grito, defendo e ofendo. Afinal sou uma pessoa de bem e moralmente íntegra. Defendo os valores morais e culturais da minha nação.
Blá blá.
Pode defender esse ou aquele, então? Defendo um, a quem chamo herói, pai da pacificidade e a elegância incisiva que traz a fundação de uma sociedade correta.
Blá blá blá.

E isso era um pequeno burburinho. Um sussurro vazio.
Um zunido do lado de fora. Um zunido de brigas incessantes.
Foi quando me dei conta de que falávamos sobre abraços.
Quando me dei conta que não havia ódio.
Quando me dei conta que não precisei da dor para me despedir de alguém querido, pois lá estava você no alcance do meu abraço.

Falávamos disso enquanto lá fora brigavam os outros.
E aqui dentro sorríamos um para o outro.

Não parece

Eu tenho algo a dizer.
Prefiro não fazer, prefiro enviar uma imagem de um sorriso, mesmo que a mim não enviam.
Se eu falar, eu prefiro falar mesmo se a mim nada é dito.
Prefiro ser companhia, mesmo se ninguém me acompanha.
Prefiro ir visitar, embora o número de visitas que recebo é quase igual ao número de convites feitos por mim, e recusados por outrem. Mesmo que muitas vezes minha visita não foi bem vinda.
Mas o que eu tenho a dizer, é a respeito de algo que eu gostaria. Algo que desejaria.
É o reflexo da minha incapacidade de controle sobre o que quer que seja, e da sua também.
O que desejo?
Desejaria não ter percebido nada disso.

Desejaria ter que lidar com tudo isso de uma outra forma, sem perceber e sem por quês.

segunda-feira, 4 de abril de 2016

Você coloca o preço que não sabe quanto.
Paga sem saber. E no fundo nada vem ao caso.
Não há saldo.
Ria, e o mundo irá sorrir junto. Chore, e chorará sozinho.