Envelhecer faz a gente perder a memória, aos poucos ficar esquecido. O passado é maior do que o passante, e aí as vezes se perde.
Vendo tanta gente parada pra olhar o movimento, me dá um certo medo. Medo que a gente esqueça de como se divertir.
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
domingo, 29 de novembro de 2009
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
Trair
Quem são estes senhores, estes aos quais me aliei? Será que estou servindo aos assassinos para os quais eu apontava, bradando por arrependimento? Ao que parece, estes, disfarçados, me iludiram e me mantiveram ao seu lado, lutando pela sua causa secreta, ajudando na sua formidável e proveitosa expansão.
Agora eles precisam de mais espaço, precisam de algo que não é deles, precisam derrubar e matar. São magos habilidosos, suas mãos são invisíveis. Mas posso ver o efeito do que elas fazem, isso me apavora e me enraivece. Lá estão seus outros servos, decepando as vidas de minhas irmãs e encurtando as suas próprias, agindo sem sentir. No lugar onde elas viveram, pacificamente, colocarão suas máquinas monstruosas, abissais - crias de alguém capaz de destruir a própria grande mãe. Ironicamente, estes suicidas homeopatas saúdam a partida dos seus, quando caem, decorando seus túmulos com flores. Flores, como eram flores aquelas que pisaram e arrancaram, porque agem sem sentir.
Mas eu sinto - e sinto como se tivesse juntado eu mesmo alguns daqueles galhos que agora fazem parte da fogueira que, lentamente, e cada vez mais rápido, vai queimando tudo que se conhece por belo e se conhece por vivo. Onde eu esperava chegar indo para o lado errado?
Agora eles precisam de mais espaço, precisam de algo que não é deles, precisam derrubar e matar. São magos habilidosos, suas mãos são invisíveis. Mas posso ver o efeito do que elas fazem, isso me apavora e me enraivece. Lá estão seus outros servos, decepando as vidas de minhas irmãs e encurtando as suas próprias, agindo sem sentir. No lugar onde elas viveram, pacificamente, colocarão suas máquinas monstruosas, abissais - crias de alguém capaz de destruir a própria grande mãe. Ironicamente, estes suicidas homeopatas saúdam a partida dos seus, quando caem, decorando seus túmulos com flores. Flores, como eram flores aquelas que pisaram e arrancaram, porque agem sem sentir.
Mas eu sinto - e sinto como se tivesse juntado eu mesmo alguns daqueles galhos que agora fazem parte da fogueira que, lentamente, e cada vez mais rápido, vai queimando tudo que se conhece por belo e se conhece por vivo. Onde eu esperava chegar indo para o lado errado?
domingo, 22 de novembro de 2009
sábado, 21 de novembro de 2009
Super dotado
O menino calculadora pensa veloz, sabe de muito e sabe aprender.
Mas suas poesias tem sempre a mesma rima e sempre o mesmo fim: *BEEP*
Mas suas poesias tem sempre a mesma rima e sempre o mesmo fim: *BEEP*
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
E de que são essas mudanças? Formas ou cores? Densidades, tamanhos, desenhos? Muda o fora ou o dentro ou os dois ou nenhum?
Sim, é claro, nada é igual ao que sempre foi, ninguém se mantém estático. Mas essas mudanças são acompanhadas por quem está junto. Deve ser, só pode. Quem fica incompatível se separa. Por que algumas pessoas simplesmente vão embora? Porque elas não mais se pertencem, não mais dão certo juntas. E outras vem do nada e se dão perfeitamente bem...
A figura formada pelo quebra-cabeças é uma colcha de retalhos.
Sim, é claro, nada é igual ao que sempre foi, ninguém se mantém estático. Mas essas mudanças são acompanhadas por quem está junto. Deve ser, só pode. Quem fica incompatível se separa. Por que algumas pessoas simplesmente vão embora? Porque elas não mais se pertencem, não mais dão certo juntas. E outras vem do nada e se dão perfeitamente bem...
A figura formada pelo quebra-cabeças é uma colcha de retalhos.
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
Então
E então foi aqui que me revi
Voava, delirava e acordei.
Tudo era escuro ao meu redor
Invisível aos olhos que ceguei;
Dia claro e luz nenhuma,
Meu braço inerte, leve pluma,
A mente lá longe, página rasgada,
Folheia a si mesma, história inventada;
Que doce agressão é a morte,
Como a vingança de um trago forte,
Ida por passagem de eterna mudança,
A um lugar de nenhuma lembrança.
Voava, delirava e acordei.
Tudo era escuro ao meu redor
Invisível aos olhos que ceguei;
Dia claro e luz nenhuma,
Meu braço inerte, leve pluma,
A mente lá longe, página rasgada,
Folheia a si mesma, história inventada;
Que doce agressão é a morte,
Como a vingança de um trago forte,
Ida por passagem de eterna mudança,
A um lugar de nenhuma lembrança.
terça-feira, 10 de novembro de 2009
O ônibus virava na Protasio e seguia em direção da Osvaldo. Eu fechava meu livro e descia na primeira parada do Bom Fim. Descia na rua já quase vazia, imersa em meus pensamentos. Processando meu dia, degustando o livro que tinha acabado de fechar, a aula que tinha assistido, não que todas as aulas fossem interessante, ou mesmo uteis. Mas de quando em quando tinha aquelas que me marcavam profundamente. Ou apenas revivia momentos especiais do dia. Enquanto isso sempre sentia meu coração levemente apertado. Angustiado de tudo aquilo que não tinha lido, aprendido, ouvido, vivido. Com tristeza por todas as vontades que tive e não pude concretizar, todos os estímulos que tinha sofrido e não pude seguir. Pelo simples fato de ser uma só. Era esse o gosto das noites solitárias no curto caminho pelas ruas do Bom Fim até minha casa.
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
terça-feira, 3 de novembro de 2009
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
e se o sol, de repente não é mais o sol?
e se a luz se apaga?
a gravidade desaparece, não existe mais em volta do que orbitar,
porque simplesmente o sol deixou de ser sol.
Então, você se deixara virar um buraco negro, ou procura outro sol?
você virará sol, ou de repente uma estrela cadente?
o que irá acontecer?
e se a luz se apaga?
a gravidade desaparece, não existe mais em volta do que orbitar,
porque simplesmente o sol deixou de ser sol.
Então, você se deixara virar um buraco negro, ou procura outro sol?
você virará sol, ou de repente uma estrela cadente?
o que irá acontecer?
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