terça-feira, 29 de abril de 2014

Alma

N'alma perdida que foi revelada como familiar.
Na pedra amanhecida da beira do mar. Musgo.
Mar revolto, no entanto, distante, quando grande é o pesar.
Que reino é este? Já não mais esquecido?

No sonho que a vi, não mais a mesma, cara pálida, caolha, nada de mais. Pra talvez nunca mais. Espero que não.
Cara escorrida quando pego nos braços, diferente sem ser desigual.
Cadê você?
Engraçado. Estava tudo como antes, a mesma aparência. Mas algo havia mudado, não em seu coração, nem na paisagem. Mas eu havia mudado.
No meu novo 'eu', sem precedentes, nada mais deixaria de sucumbir, tamanha a especulação de uma varredura minuciosa e derradeira.

E assim, mais uma coisa você se tornou.

Como todas as pessoas que eu vejo na rua, você é comum.
Você tem defeitos e está impregnada, assim como eu, nesta existência, onde nada que for mágico resiste.
Como as frases de motivação que não passam de uma cilada. Dos muitos gênios de escadarias, e engenheiros de sapatos...
Como em uma reunião beneficente, onde favores são trocados na base da moeda e a moeda de base é o seu mais frágil princípio. Decadente.
Onde o deus maligno das tentações e duras provações anda à espreita.
E quando ele lhe disser: "Você venceu. Você é poderoso." Recue.

Da prisão eficiente, uma saída: A sua lucidez.

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Por que você não me toca?
Me toca!?
Por que você não me toca?
Me toca!
ME TOCA!
AGORA!
AGORA!
AGORA!
AGORA! 
AGORA!

sábado, 26 de abril de 2014

O norte

Para dar um norte...
Mas por que não o Sul?

terça-feira, 22 de abril de 2014

Angu


Léo é uma bunda com nome, um dos poucos casos conhecidos.
Preferência nacional, nunca sofreu muito com qualquer tipo de rejeição. Mesmo assim, houve uma época difícil em sua vida, onde outras bundas a encaravam com desdém e seus cus peidavam palavras de deboche, por causa de uma característica sua que a diferenciava das demais - fisicamente. Léo era uma bunda estranha.
Acostumou-se: era quem era. Encarava seus deveres e sua rotina com a determinação mediana de qualquer um; ia levando a vida, que mais poderia fazer? Sabia que as outras bundas queriam vê-la pelas costas, mas seu desprezo não a atingiria.
Com o tempo e a maturidade, vivendo numa época que pretende fortalecer auto-estimas, Léo passou a valorizar a sua chamativa diferença: era quem era.
Quarta-feira pela manhã, enquanto seguia em direção ao centro e ouviu, sem se importar, alguém peidando baixinho: "Olha aquilo ali! Uma bunda com cara de gente", simplesmente seguiu adiante: estava cagando e andando.

terça-feira, 15 de abril de 2014

Segura a carga da Fâni
Segura a carga de graça
Segura a carga da Fâni
Eeeeeeeeeeeee
Põe a carga logo em mim!

segunda-feira, 7 de abril de 2014

O OESTE É O MELHOR