sábado, 28 de fevereiro de 2009
Confete
Os circos, enfim, se tocaram e se fizeram mistura. Não mais vivem juntos somente na psique dos seus escravos. Os circos estiveram juntos, no aniversário de uma das cores dos palhaços. E os estúpidos espectadores aplaudiram. Alegria, alegria!
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009
domingo, 22 de fevereiro de 2009
Aqui
A água corrente, passa por mim, molhando aos poucos. Da mesma forma que faz há muito tempo, mais ou menos como fez desde que cheguei aqui. Neste momento, o sol bate apenas do outro lado, na margem mais pedregosa, onde as pessoas não costumam sentar.
Sinto-me estática, vendo os jovens brincando no rio. Gritos e saltos preenchem o momento. Duas senhoras observam, enquanto um rapaz salta de uma rocha mais alta, para perto de seus amigos. Lembro-me de estar aqui, quando eram elas que pulavam das pedras, alegres e infantis. Enquanto isso, eu observava. Agora elas também observam. Mas logo irão embora. Eu ficarei aqui mais um tempo.
Uma menina sai da água, em direção as senhoras, aparentando cansaço. Pega uma toalha, do lado da mãe, e seca os cabelos. Um pouco depois, outra menina e os três garotos, que se banhavam no rio, também saem em direção ao porto que os aguarda, com braços abertos e chapéu de sol. Eu ficarei aqui mais um tempo.
As mulheres adultas ficam de pé. São belas, não são jovens. Recolhem chinelos e roupas que ficaram espalhados, preparando-se para voltar ao aconchego das pedras polidas. As duas senhoras dão-se as mãos, e vão andando na frente. Logo são ultrapassadas pelas crianças, e sua pressa de ir, não embora, mas de ir a qualquer lugar.
Eu ficarei aqui, mais um tempo. Talvez fique mais uns seis ou oito séculos, até minha hora de deixar este mundo – ou de realmente me tornar parte dele. Talvez eu vá embora antes, quando alguém perceber que este não é meu lugar, quando encontrarem a lembrança que seus antecessores deixaram. Quando perceberem que não adianta reclamar de quem me pôs aqui, quando lembrarem de me dar a mão e me levar embora. Quando lamentarem terem sido tão estúpidos.
Sinto-me estática, vendo os jovens brincando no rio. Gritos e saltos preenchem o momento. Duas senhoras observam, enquanto um rapaz salta de uma rocha mais alta, para perto de seus amigos. Lembro-me de estar aqui, quando eram elas que pulavam das pedras, alegres e infantis. Enquanto isso, eu observava. Agora elas também observam. Mas logo irão embora. Eu ficarei aqui mais um tempo.
Uma menina sai da água, em direção as senhoras, aparentando cansaço. Pega uma toalha, do lado da mãe, e seca os cabelos. Um pouco depois, outra menina e os três garotos, que se banhavam no rio, também saem em direção ao porto que os aguarda, com braços abertos e chapéu de sol. Eu ficarei aqui mais um tempo.
As mulheres adultas ficam de pé. São belas, não são jovens. Recolhem chinelos e roupas que ficaram espalhados, preparando-se para voltar ao aconchego das pedras polidas. As duas senhoras dão-se as mãos, e vão andando na frente. Logo são ultrapassadas pelas crianças, e sua pressa de ir, não embora, mas de ir a qualquer lugar.
Eu ficarei aqui, mais um tempo. Talvez fique mais uns seis ou oito séculos, até minha hora de deixar este mundo – ou de realmente me tornar parte dele. Talvez eu vá embora antes, quando alguém perceber que este não é meu lugar, quando encontrarem a lembrança que seus antecessores deixaram. Quando perceberem que não adianta reclamar de quem me pôs aqui, quando lembrarem de me dar a mão e me levar embora. Quando lamentarem terem sido tão estúpidos.
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009
Além
'Te encontra no meio do onde,
de onde eu sigo,
sem saber até quando ir.
Sombras que mentem, roubando a estrada
que me prometi;'
'Não vejo tal sombra,
teu olho, enganado
te faz espírito trêmulo
suspira, assustado
Está de partida e teme,
se passa por mim, ou aqui.
Não sabe onde vem esse agora,
mesmo que embora ilumina;
além.'
'Luz escondida - me prende,
mas não me vence,
voo n'outra forma,
não ando, só penso
na estrada que subo,
calada, entre as vozes que ousam...
além'
de onde eu sigo,
sem saber até quando ir.
Sombras que mentem, roubando a estrada
que me prometi;'
'Não vejo tal sombra,
teu olho, enganado
te faz espírito trêmulo
suspira, assustado
Está de partida e teme,
se passa por mim, ou aqui.
Não sabe onde vem esse agora,
mesmo que embora ilumina;
além.'
'Luz escondida - me prende,
mas não me vence,
voo n'outra forma,
não ando, só penso
na estrada que subo,
calada, entre as vozes que ousam...
além'
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009
Tentando me encontrar.
Olhando, vendo e revendo.
Seguindo impulsos, pensamentos, sonhos...
Mudando de idéia,
tentando construir,
batendo de cara contra o muro.
Me decepcionando,
nao desistindo jamais.
Cavocando, olhando mais fundo,
descobrindo manias, vicios, medos, nóias infundadas.
Abrindo os olhos, abrindo a mente, percebendo mais,
entendendo mais, o mundo, as pessoas, a vida...
Agindo, caminhando, criando, aprendendo,
cliques, descobertas, insights...
Um eterno renascer, um eterno destruir e construir,
melhorando, reforçando, procurando o caminho...
e caminhando, aproveitando essa estrada maluca, essa roda que gira,
me surprendendo com a inconstância, as surpresas e as voltas que a vida dá.
Caindo e levantando, chorando e rindo, pensando e agindo, indo e voltando...
sempre vivendo.
Olhando, vendo e revendo.
Seguindo impulsos, pensamentos, sonhos...
Mudando de idéia,
tentando construir,
batendo de cara contra o muro.
Me decepcionando,
nao desistindo jamais.
Cavocando, olhando mais fundo,
descobrindo manias, vicios, medos, nóias infundadas.
Abrindo os olhos, abrindo a mente, percebendo mais,
entendendo mais, o mundo, as pessoas, a vida...
Agindo, caminhando, criando, aprendendo,
cliques, descobertas, insights...
Um eterno renascer, um eterno destruir e construir,
melhorando, reforçando, procurando o caminho...
e caminhando, aproveitando essa estrada maluca, essa roda que gira,
me surprendendo com a inconstância, as surpresas e as voltas que a vida dá.
Caindo e levantando, chorando e rindo, pensando e agindo, indo e voltando...
sempre vivendo.
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
Contra
Vocês passam vinte e quatro horas
Falando coisas não pensadas
Vendendo sensações plastificadas
Mas as pedras sempre voam pro lado de cá
Onde idéia vibra, dançarina
Quando grito se liberta em melodia
Mas as vaias sempre ecoam pro lado de cá
Pras raízes coloridas cultivadas
Por linhas de sorriso não cortadas
E as chaves que eu achei
Na luz de holofotes, lá do céu
São pra arcas cheias de pó,
Dos tesouros da riqueza de papel.
Falando coisas não pensadas
Vendendo sensações plastificadas
Mas as pedras sempre voam pro lado de cá
Onde idéia vibra, dançarina
Quando grito se liberta em melodia
Mas as vaias sempre ecoam pro lado de cá
Pras raízes coloridas cultivadas
Por linhas de sorriso não cortadas
E as chaves que eu achei
Na luz de holofotes, lá do céu
São pra arcas cheias de pó,
Dos tesouros da riqueza de papel.
sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009
Humanos
Os seres humanos... alguns acreditam que somos um câncer para este planeta outros acreditam que somos a cura. Talvez nem um nem outro, o certo é que erramos e nem sempre aprendemos com os erros. O certo às vezes é o errado, porém eu tenho um sonho de que um dia vamos viver em harmonia com tudo, e este ser vivo chamado planeta Terra vai estar em harmonia consigo mesmo.
1 guerra mundial, 2 guerras mundiais, estamos perto da terceira talvez... MAS AQUI ESTAMOS NÓS! Mesmo com todo o horror preparado para nos exterminar, é sempre bela a persistência da vida... e essa força é maior que tudo o que podemos criar ou imaginar...
1 guerra mundial, 2 guerras mundiais, estamos perto da terceira talvez... MAS AQUI ESTAMOS NÓS! Mesmo com todo o horror preparado para nos exterminar, é sempre bela a persistência da vida... e essa força é maior que tudo o que podemos criar ou imaginar...
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