terça-feira, 26 de outubro de 2010

How Stark is the Here and Now

Crianças confusas. Todos nós somos, nas colinas, nos campos, nas tocas que cavamos nas nossas próprias cabeças.

Nunca houve como ser diferente; repentinamente, uma égua vermelha reflete os mistérios do agora, a dureza de estar aqui, e somente agora.

Seu forte chamado nos lembrará das doces histórias que ouvimos no amanhecer de nossas vidas; e pensaremos nelas como belas lendas, que só tocam a realidade por estarem contadas entre nós.

E a luz forte, espalhada em nossos esconderijos pelos reflexos do presente, nos lembrará do suave amanhecer que presenciamos um dia. E nós, que demos uma espiada para trás, por cima do ombro, lembraremos de como, nessa hora, a escuridão se retirava para dar a volta e vir a nós pelo outro lado. Porque o futuro um dia foi passado. E é sobre nossas cabeças que suas duas formas se encontram.

Da verdade, de verdade

E eu me vi cada vez mais perdido, em um mundo onde a maioria aprecia mais as máscaras do que o que elas escondem.

Mas eu sei bem, sei bem quem é de verdade e quem é de mentira.
E desde que sei distinguir o que é pássaro e o que é peixe, eu acho o que é de verdade mais bonito.
Bonito como vento balançando a árvore. Bonito como água batendo nas pedras do riacho. Bonito como nuvem fazendo desenho no céu.

Por isso eu sou da verdade, por isso eu sou de verdade.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

As palavras não faladas

Talvez nossa cabeça de gente e nossa boca de gente não valham tanto quanto algumas palavras que temos pra dizer, algumas coisas que pensamos. Daí, não dizemos coisa alguma, e as idéias vão apodrecendo até não valerem mais nada, ou tão pouco quanto a gente.

Tem coisas que a gente já sabe, mas faz questão de ser lembrado - tipo aquela cutucada no fogo, apesar de que ele não apaga tão cedo. Mas talvez seja tão frio deixá-lo de lado que seria melhor tocar uma dose de água, logo de uma vez.

domingo, 24 de outubro de 2010

How Brightly Glow the Past

Cada lembrança tem uma dose de quem lembra.
O belo cavalo branco, aclamado pelas crianças, canta belas canções porque belo é seu canto, pois belos sentiu os dias que já foram.

Quando o olho pisca, a impressão que ele guarda é a do brilho, e as sombras são todas desmentidas.

Então, os que lembram deixam o passado brilhar. Que fiquem as coisas boas; há muita escuridão ainda por vir.

sábado, 23 de outubro de 2010

Ter o poder não lhe dá o direito

Ainda bem que eu não tenho o poder, porque acabaria usando mesmo sem ter o direito.
E eu tentei fazê-lo, e isso foi errado.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Do it be

Pensar na bifurcação não fará os caminhos se tornarem um só. Ficar olhando pra trás, muito menos.
E se as placas escolhidas mentiam, por que continuar a segui-las?

Cuidado pra não perder o bem que achou, cuidado pra não te perder.
Quisera eu poder dar uma dose de esclarecimento. Só o que eu tenho são dois punhados de conselhos fáceis.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

E não há lado escuro da lua...

...o fato é que é tudo escuro. E é por isso que o preto é a junção de todas as cores.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Mas o sol é encoberto pela lua...

Não quer dizer que o sol não tenha potencial para brilhar... mas quer dizer seguir o caminho até a luz, ao invés de andar na escuridão.

domingo, 10 de outubro de 2010

Take The Long Way Home

Essas viagens até meu paraíso são feitas com dois sorrisos diferentes; ambos meus, meu sorrindo sentindo cheiro promissor agradável, outro sorrindo tendo gostado do gosto prometido.
O caminho pra casa é longo, mas a viagem é confortável; venho andando em repolhudas nuvens macias.

sábado, 9 de outubro de 2010

Achamos que somos livres como pássaros, e de certa forma realmente o somos, já que dentro de nossa gaiola não existem barreiras entre um poleiro e outro.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Chega um momento na vida em que o homem precisa escolher se vai ser um tolo sábio ou apenas um tolo.

domingo, 3 de outubro de 2010

Quem comprar astúcia pagará pela malícia.

sábado, 2 de outubro de 2010

Os que tem pressa plantam alface, aqueles que não têm, plantam árvores milenares.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Let It Be

Terças-feiras se foram, deixando memórias e imenso vazio
  A ferida que cicatriza, mas por completo não desaparece
  Ordens que a mente cria, e que o o coração não obedece
Mas que o tempo leva, assim como o primavera faz com o frio
Resquícios da explosão do inverno, ao final do queimar do pavio
  No conto de fim sem sentido, que com o tempo o autor esquece

E aquilo que novo é, de alguma forma curioso se fez
  Carregando, daquele modo secreto, o que chamou minha atenção
  Seja o sorriso, seja a voz, seja o jeito, seja a emoção
Traz consigo algo de doce, que temi não ver outra vez
Mostrando surpresa, e leves toques de receio, talvez
  Enquanto sugere cada vez mais, ter um verdadeiro coração

E talvez eu esteja perdendo aos poucos o medo de olhar
  Esteja aceitando que este mundo está seguindo adiante
  Da janela deste trem, que me leva para um lugar distante
Sem saber ao certo o tempo que a viagem vai levar
Sem ideia alguma de tudo que se passa até chegar
  Desejando que se a mim bem-fizer, ao menos dure bastante