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Wishbone Ash - Time Was
Touché
sexta-feira, 30 de agosto de 2013
Oh, balões
Cae cae, balão.
Caíste em contra... mão, não, oh pae!.
Me dê uma pílula frívola de passagem temporânea
duma eternidade instantânea
vitimar-me-ei no teu encalce
por perseguir um chamado insone-e-insípido
por culpa não minha mas tua,
que tenta-me a: buscar, probar, failhar
Cae; caeo.
Oh, balão, por que me aflutuaste?
Caíste em contra... mão, não, oh pae!.
Me dê uma pílula frívola de passagem temporânea
duma eternidade instantânea
vitimar-me-ei no teu encalce
por perseguir um chamado insone-e-insípido
por culpa não minha mas tua,
que tenta-me a: buscar, probar, failhar
Cae; caeo.
Oh, balão, por que me aflutuaste?
quinta-feira, 22 de agosto de 2013
Oh, pae
Pai, por que me amafagaste?
Dameriste-me um sentido inefável
Oh, bolhas da mão, pronde vão?
Pombas, pombas brancas, donde vem?
É tarde demais pra caféfracos, gentingrata e baixastrais
A tarde passou mas não passava, malpassante
Não troco o rock'n roll por quase nada
Mas cá entre nós,
Que fique acordado
Que falta atroz
Que faz um sentido.
Dameriste-me um sentido inefável
Oh, bolhas da mão, pronde vão?
Pombas, pombas brancas, donde vem?
É tarde demais pra caféfracos, gentingrata e baixastrais
A tarde passou mas não passava, malpassante
Não troco o rock'n roll por quase nada
Mas cá entre nós,
Que fique acordado
Que falta atroz
Que faz um sentido.
sexta-feira, 16 de agosto de 2013
Pretérito Imperfeito Que No Futuro (que é o presente) Tornou-se Contraditório
"Bla, bla, bla... naquele tempo em que éramos... bla, bla, bla... e já não mais... bla, bla, bla... do mesmo modo que eu via.... bla, bla, bla... já foi... bla, bla, bla... agora apenas... bla, bla, bla... não há... bla, bla, bla... sinto falta de mais bla, bla, bla. Fazia, era, ouvia, cantava, sentia... BLA, BLA, BLA."
Torna a satisfação um verbo e sempre o conjuga no pretérito imperfeito (com o perdão do trocadilho). Tudo porque esse ar melancólico é interessante - é assim que pensa? - ou porque se apegou a conceitos inúteis ou porque, na verdade, não se sente assim mas ouve tanta merda nesse sentido que na hora pareceu bonito passar a idéia adiante. Talvez, por puro modismo - mas nunca admitiria isso.
E pensa nesse bla bla bla todo enquanto busca pelas novidades que são diferentes do que as pessoas comuns apreciam. Tudo porque para elas, o comum é interessante - é assim que pensam? - ou porque se apegaram a conceitos inúteis ou porque, na verdade, não gostam tanto disso mas a TV mostrou tanta coisa nesse sentido que na hora pareceu bonito comprar a idéia. Talvez, por puro modismo - mas nunca admitem isso.
...mas todos vivem presos pela gravidade à uma bola que, enquanto bola, sempre será redonda - fato esse que perpetua parte do passado mas é despercebido pelo cara que está no futuro (que é o presente), lamentando a falta do passado que é imperfeito por não ter sido eterno por culpa das novidades. Na verdade, ele também precisa de tempo para se preocupar com - e buscar - outros bla bla blas.
Torna a satisfação um verbo e sempre o conjuga no pretérito imperfeito (com o perdão do trocadilho). Tudo porque esse ar melancólico é interessante - é assim que pensa? - ou porque se apegou a conceitos inúteis ou porque, na verdade, não se sente assim mas ouve tanta merda nesse sentido que na hora pareceu bonito passar a idéia adiante. Talvez, por puro modismo - mas nunca admitiria isso.
E pensa nesse bla bla bla todo enquanto busca pelas novidades que são diferentes do que as pessoas comuns apreciam. Tudo porque para elas, o comum é interessante - é assim que pensam? - ou porque se apegaram a conceitos inúteis ou porque, na verdade, não gostam tanto disso mas a TV mostrou tanta coisa nesse sentido que na hora pareceu bonito comprar a idéia. Talvez, por puro modismo - mas nunca admitem isso.
...mas todos vivem presos pela gravidade à uma bola que, enquanto bola, sempre será redonda - fato esse que perpetua parte do passado mas é despercebido pelo cara que está no futuro (que é o presente), lamentando a falta do passado que é imperfeito por não ter sido eterno por culpa das novidades. Na verdade, ele também precisa de tempo para se preocupar com - e buscar - outros bla bla blas.
quarta-feira, 14 de agosto de 2013
Até a gaivota que voa já tem seu caminho no ar
Será que há tantos caminhos assim, ein? Existe algum outro caminho além desse, esse que eu sigo sem conhecer o que não descobri? Será que não seriam os caminhos, estes, todos um só?
Separados por vírgulas
O caminho da vida é a morte,
Raul Seixas - Caminhos
terça-feira, 13 de agosto de 2013
Can you hear me major Tom?
Como é bonito aqui em cima. Não sei bem como eu cheguei aqui: não faço ideia de que tipo de propulsão, ou foi uma expulsão, é, fui expulso lá de baixo, daquele mundo que eu queria evitar? Talvez eu tenha sido arremessado cá pra cima, para esse lugar maravilhosamente calmo, cômodo, essa surpresa que me esperava depois da curva do vento.
Não lembro bem quem era a torre de comando. Nem se era uma torre, nem qual fora o comando. Descumpri as ordens de voltar. Mas oh!, me falta uma sombra fresca onde beber água; compartilho paz numa mesa para dois. E a paz de espírito? Hm, essa deve ser só minha, essa eu encontro num canto onde as paredes não se encontram, eu descubro numa rota que leva para minha própria consciência, que leva para um ponto final.
Não lembro bem quem era a torre de comando. Nem se era uma torre, nem qual fora o comando. Descumpri as ordens de voltar. Mas oh!, me falta uma sombra fresca onde beber água; compartilho paz numa mesa para dois. E a paz de espírito? Hm, essa deve ser só minha, essa eu encontro num canto onde as paredes não se encontram, eu descubro numa rota que leva para minha própria consciência, que leva para um ponto final.
Separados por vírgulas
Black Sabbath - Peace Of Mind,
David Bowie - Space Oddity
segunda-feira, 12 de agosto de 2013
Uh iê!
Dormi muito bem. Acordei ótimo. A tarde passou, pulei num trem que nunca para. E por que pararia?
Separados por vírgulas
Led Zeppelin - Night Flight,
Uh iê!
quarta-feira, 7 de agosto de 2013
É bucha
Chega. Vontade de cuspir uns adeus. Chega.
Cadê a compaixão dos cristãos, nesses velhos doentes que se aproveitam da minha nobreza?
Devem tê-la tragado e combatido com algum dos seus caros remédios, confundindo com a peste, com a miséria que habita suas consciências, os seus dias.
Pulhas. Minha vontade era de deixar uma pontinha da cortina se queimando, antes de sair.
Não voltar. Não voltar.
O tempo voa, as tardes não passam, e algumas pessoas tem a eternidade para definhar em sua própria mesquinhez.
Que pena que é assim.
Cadê a compaixão dos cristãos, nesses velhos doentes que se aproveitam da minha nobreza?
Devem tê-la tragado e combatido com algum dos seus caros remédios, confundindo com a peste, com a miséria que habita suas consciências, os seus dias.
Pulhas. Minha vontade era de deixar uma pontinha da cortina se queimando, antes de sair.
Não voltar. Não voltar.
O tempo voa, as tardes não passam, e algumas pessoas tem a eternidade para definhar em sua própria mesquinhez.
Que pena que é assim.
terça-feira, 6 de agosto de 2013
Ligeiramente lento
Os minutos vão se empilhando, tais moscas numa praia de azametifo.
Eviscerou-se a gramática e entre o tic e o tac nasceu um hiato; séculos sucederam-se em silêncio, rios esquecidos transbordaram pelas barragens do presente. Pouco havia que eu pudesse fazer: esperar. Pouco adiantava esperar.
Céus, que exagero.
Eviscerou-se a gramática e entre o tic e o tac nasceu um hiato; séculos sucederam-se em silêncio, rios esquecidos transbordaram pelas barragens do presente. Pouco havia que eu pudesse fazer: esperar. Pouco adiantava esperar.
Céus, que exagero.
Para não
Para num ponto intransponível: relógio.
Sacolejam com o pouco vento que entra: cortinas.
Espera ansiosamente pelo momento de partir: eu.
Eu transfiro o olhar do relógio para as cortinas e de volta para o relógio.
A tarde não passa.
Sacolejam com o pouco vento que entra: cortinas.
Espera ansiosamente pelo momento de partir: eu.
Eu transfiro o olhar do relógio para as cortinas e de volta para o relógio.
A tarde não passa.
Separados por vírgulas
Crônica de uma tarde que não passa,
Na verdade o tempo não existe
segunda-feira, 5 de agosto de 2013
Ela
Ela era linda e eu
ainda iria perceber isso. Um dia ela entrou na minha vida, e isso eu
também não percebi na hora. Ficou num cantinho, com aquele olhar
viajante, sem se preocupar nem esperar por nada. Levou tempo para que
eu percebesse que ela esteve lá este tempo todo.
Outro dia eu a
achei, ou ela me achou, e percebemo-nos de outras formas. Passos a
mais foram dados; casamo-nos sob um belo sol poente, num templo
natural que a peste agora se atreve a tocar. Mas aquele
santuário será eterno. Em breve, habitaremos uma pequena bolha
confortável, perto deste templo.
Ela entrou na minha
vida e dela tomou parte para si; deu-me da sua a mim. Compartilhamos
o pouco, o tudo, a falta - um do outro.
Ah, meu amigo, o amor
existe e tudo que falei aqui traduz-se nele. Ele foi a resposta de cada
dúvida que um dia eu tive.
Ela é linda - cada
vez mais.
Me sinto feliz.
Separados por vírgulas
Encontrei um novo ninho,
Há mor,
sol,
Uns breves momentos de eterna felicidade
sexta-feira, 2 de agosto de 2013
Poema oblíquo sobre a tarde que pretendia ser chuvosa e que ainda tem tempo para isso
O gato saltou no vácuo
Buscava uma borboleta a mil'asas
Almejava mostrar-se ao solo
Que invejaria sua capacidade de voar por breves períodos
O gato mirou o helicóptero
Que vigiava mil casas
Olhou de longe, gaiato, o gato
Dizendo 'te vás, que aqui não és quisto'
Mas ele, na verdade, invejava a capacidade que o helicóptero tinha de voar por longos períodos
Mas ei, uma explosão!
O helicóptero cai, sem vida - opa! ele já não era sem vida antes, tipo objeto inanimado?
O gato salta, assustado solta miado
- Crédo!, traduzir-se-lo-ia para a língua dos humanos, tipo aqueles que pilotavam o helicóptero; ah, eram eles que tinham vida e agora deixaram de ter, né?
É.
Enfim, o gato salta e cai, de novo, no chão, sem conseguir escapar da fatal explosão que lhe oblitera o frágil, ex-ágil e recém morto corpo
E o chão, ali, quietinho, sem invejar ninguém.
Buscava uma borboleta a mil'asas
Almejava mostrar-se ao solo
Que invejaria sua capacidade de voar por breves períodos
O gato mirou o helicóptero
Que vigiava mil casas
Olhou de longe, gaiato, o gato
Dizendo 'te vás, que aqui não és quisto'
Mas ele, na verdade, invejava a capacidade que o helicóptero tinha de voar por longos períodos
Mas ei, uma explosão!
O helicóptero cai, sem vida - opa! ele já não era sem vida antes, tipo objeto inanimado?
O gato salta, assustado solta miado
- Crédo!, traduzir-se-lo-ia para a língua dos humanos, tipo aqueles que pilotavam o helicóptero; ah, eram eles que tinham vida e agora deixaram de ter, né?
É.
Enfim, o gato salta e cai, de novo, no chão, sem conseguir escapar da fatal explosão que lhe oblitera o frágil, ex-ágil e recém morto corpo
E o chão, ali, quietinho, sem invejar ninguém.
Separados por vírgulas
Crônica de uma tarde que não passa,
Não sei bem o que dizer sobre isso
quinta-feira, 1 de agosto de 2013
Movimento
Arejar e refazer.
Ouvir. Torcer para que esta ainda seja a penúltima vez.
Passos largos.
Mover-se sem agredir ao chão que pisa.
Aceitar-se no fluxo mutante de tudo que varia ao teu redor.
Movimento é algo sobre estar vivo.
Ouvir. Torcer para que esta ainda seja a penúltima vez.
Passos largos.
Mover-se sem agredir ao chão que pisa.
Aceitar-se no fluxo mutante de tudo que varia ao teu redor.
Movimento é algo sobre estar vivo.
Separados por vírgulas
O blogue está movimentadinho de novo =],
Solzinho bom que abriu agora,
Tudo se move,
You Keep on Moving
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