sexta-feira, 30 de março de 2012

Anjo jamais esquecido

Para você sempre houve uma saída.
Lutou bravamente, acreditou cegamente
e isso quase a cegou de verdade.
Poderosa sagrada magia.

Nem sombras nem demônios
Até as trevas você foi.
Apenas para levar a luz
Afinal, você também nunca teve medo.

Precisou ser apunhalada
nas costas, pelo desejo da morte
Mas seu sangue é vermelho, é forte
Uma tentativa não seria suficiente.

Seu coração não parou.
E a pureza dele é a sua própria força
O sonho não acabou.

Deu à luz a algo oposto a si mesma.
Quase desacreditou.
Ainda não...

De cada canto dos reinos esquecidos
Podemos ver pequenas partes de você
Seu talento, sua dignidade.
Se por mim fosse,
você teria mais da minha crença
do que o próprio Lathander.

Mas o seu sangue
Não havia sido derramado o suficiente.
E não seria em vão, como alguns desejavam.
Mais uma vez, apunhalada pelas costas
Desta vez parecem ter conseguido.
Ainda assim falharam.

Você não iria partir.
Mesmo morta,
sua obra estava completa.
Não um simples mártir.

E aqui você continua,
as partes de sua pureza espalhada
suas, agora, grandes partes, toda a sua glória...
Em seu nome brindamos, Aloria!

terça-feira, 27 de março de 2012

De mentes

Da lágrima que escorre
Do velho sentado
Muita reflexão
Muito o que pensar surge.

Paralisado pelo medo
Que temer deveria nunca...
Mas é assim que acontece
em um julgamento feito à dedo.

Quanto mais, mais maluco
Deveria ser herói
Das fantasias medievais
Sujo, molhado, rasgado

As pequenas partes do espelho rachado
Nada, nada, nada ver.
Morrendo de amor pelos velhos tempos,
velhos como ele.
Não é neste espelho que gostaria de ser.

segunda-feira, 26 de março de 2012

A.D.D.

O direito de um homem termina onde começa o do outro.
Apenas isso já é suficiente para uma guerra mundial.
Somos como jogadores de vôlei em uma quadra de linhas imaginárias. Todas as leis e regras da sociedade servem para simular o bem estar e o convívio simultâneo entre todos os cidadãos.
Entretanto, só é possível concretizar algo se não levarmos em conta o coletivo.
No momento que você resolver fazer qualquer coisa, inúmeras e infinitas dúvidas surgirão. Como fazer? Por que fazer? Por quem fazer...
É de fazer qualquer pessoa sensata ficar paralisada pelo medo... medo da dúvida.
Afinal uma vez que sabemos onde está o problema e identificamos formas de combatê-lo, caímos na dúvida: Até onde vai o nosso direito? Se eu sei que o que o outro faz, me afeta indiretamente, estaria eu no meu direito de intervir? Teria eu direito de obrigá-lo a fazer diferente pelo bem dos dois, considerando o desconhecimento do outro acerca do problema?

Então nessas horas olhamos pro céu, agradecendo estar em um mundo livre. Mesmo que o mundo só esteja livre de nós mesmos sem a gente perceber... Pois o indivíduo nada pode, enquanto que empresas e governo estão invadindo os direitos a todo momento e sendo reverenciados por isso. Apenas eles podem obrigar, e invadir seu direito.
Apenas eles podem te prometer "segurança" em troca de silêncio obediente.

sexta-feira, 23 de março de 2012

Invisibilidade

Todo dia um avião decola. O avião carregado com muitos passageiros, totalmente sem rumo... o avião do trabalhador.
Muitas pessoas tem o desejo de serem invisíveis, mas poucas tem realmente este, por assim dizer, privilégio.

Ele limpa o lixo das outras gentes. Ele come o lixo das outras gentes. Ele usa o lixo das outras gentes. Ele pode se considerar um homem de sorte no momento em que não encontrou máscara nenhuma no lixo... pois dificilmente alguém colocará a sua no lixo.
Por não usar máscara ele se torna um homem invisível.
Mas como dizem alguns, basta sonhar e acreditar para acontecer. Ele sabia que isso não era verdade. Pois seu único sonho era ouvir as outras pessoas, a prova de que ele de fato, existia.
Tudo o que encontrou ao longo de sua caminhada foram pessoas iguais a ele na mesma situação. Invisíveis. A dúvida da existência permanecia, porque a maioria parecia não vê-lo ainda assim e para os seus colegas era a mesma coisa.
Se um sonho tão pequeno como aquele se provava tão difícil, que esperança teria ele de que um dia se tornaria visível?
Sem máscara, sua inescolha, ele não existia. Ele só conseguiria comprar uma máscara se deixasse de ser moribundo, afinal no lixo ele não acharia. Ironicamente a maior sujeira ele nunca conseguiria limpar: ele próprio, de acordo com a sociedade... das máscaras.
Ele era lixo, uma mancha no progresso. Mais do que isso ele representa uma pergunta:
Basta apenas sonhar?

Inescolha

Em meio a tantos sorrisos abertos, eu vestia uma carranca.
Não por mal, nem de propósito. Apenas me atrapalhei, ao sair de casa, e vesti a máscara errada.
Entre a comédia e a tragédia, acabei erguendo a segunda.
Tive a impressão de que havia estranhamento no tom de voz de um ou outro com quem conversei, embora ninguém demonstrasse isso em suas expressões; vestiam a felicidade indúbita, conforme era esperado para aquele dia.
Um dia de celebração.
Não sei se pelo aumento na ração de chocolate, ou alguma vitória na copa do mundo.
De início, atribuí a minha cara trocada a um equívoco. Mas, no fundo, eu realmente não queria vestir a comédia dessa vez. Por um dia, decidi não ceder a felicidade obrigatória. Portava a máscara da tragédia, mas também não era ela que representava o que eu sentia.
Foi então que resolvi retira-la. Durante os poucos momentos que lá andei com essa liberdade, notei que era observado atentamente, por todos que viram meu rosto.
Minha cara limpa gerou ódio e inimizade; logo estava sendo caçado. Sem compreender os motivos, apesar de conhecê-los, fui arrastado para cá.
Por trás das insondáveis máscaras sorridentes que vestiam, as pessoas que me viram estavam revoltadas. Louco, disseram que eu era. Me refazia em mil caretas, e não parecia com nada que jamais tivessem visto. Era feio e era errado, além de lhes estar perturbando em seu momento de felicidade. E isso não poderia ser tolerado.
Vestindo a máscara da tragédia, dois guardas me prenderam, me arrastaram para um portão, que eu até então não conhecia, e me chutaram para fora.
Se fosse possível reconhece-los, talvez os fosse agradecer.
Pela loucura e liberdade, por terem rompido as amarras que me separavam de mim.
Por terem me dado paz, enfim.

quinta-feira, 22 de março de 2012

As chuvas ainda veem

Pingos

- Sabemos o quanto ignoramos menos do que ignoramos o quanto sabemos.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Você não está morto.

Tudo o que ofereço é a verdade.
E a verdade vos libertará.
Um dia você está triste. Dizem que você está doente. Se você está feliz demais, ainda há algo de errado.
Se em um dia você está triste e no outro está feliz, você é bipolar.
Se você chorar, precisa de remédios. Se sorrir, precisa de remédios, porque a vida não pode ser boa o suficiente para sustentar um ato tão grandioso.
NÃO! Mil vezes NÃO!
"A primeira versão da matriz foi um fracasso total, porque todos eram felizes..."
A quantia de gente tomando remédios hoje é absurda. O ministério da saúde deve estar orgulhoso.
Só tratamos doenças. Não falamos de saúde. Você não pode sofrer as adversidades da vida, porque você está constantemente influenciado a comprar a perfeição. Mas eu vos digo, que perfeita é aquela vida que sofre de problemas e no fundo você sabe disso.


"produzir saúde não é livrar as pessoas da doença."

Mas eu sei porque fazemos isso, eu sei porque estamos com medo. Quem não estaria? Violência, guerras, as próprias doenças... Existe um bocado de fatores para corromper o bom senso e a razão.
Mas veja, não cometa o mesmo erro do senso comum em acreditar que está sendo dito que não existem doenças... Há uma diferença entre não existir e considerar qualquer aspecto como uma doença.
Mas observe... Não se importe de se importar! Reclame, grite!
Tome a pílula vermelha, mas eu não vou te obrigar porque eu sei que nela vem a responsabilidade e diversas oportunidades para te fazer perder a esperança... se é que você tem alguma ainda.
Não podemos confiar no governo. Não podemos confiar na polícia. Não podemos confiar em remédios. Mas podemos nos esconder na nossa mente e podemos encontrar no problema do "outro", uma solução. É, isso mesmo, o outro... aquele que te incomoda mas que no fundo você sabe que ele está no mesmo barco que você.
A verdade vos libertará quando acreditares que a doença é a crença em todas as instituições falidas e fisicamente inexistentes... No fim sobram as pessoas... nem deuses, nem demônios. Pessoas.
E elas precisam decidir se tem sentido ou não, falarmos o que é certo ou errado.
Sempre pensei que elas deveriam decidir por si próprias.

Jacob

Sobre viver

Você precisa ver o que fazer
para sobreviver.
Você, além disso, precisa viver.
Mas sobre isso, ainda tem muita coisa.

Você precisa se divertir, mas não é só isso. Você precisa ter amigos, mas não é só isso. Você precisa ter alguém, mas também não é só isso. O que fazer é a pergunta, o que fazer com os espaços vazios?
Comprar uma guitarra nova, dirigir um carro mais potente, trabalhar varando noites? Não.
Subverter seus valores, se você tiver algum? Mas não falo dos valores das pessoas que vivem nas mentiras, sobre isso já daria outra batida. Batida do coração, da sua vida.
Aí, as pessoas começam a ver nos animais valores que eles não podem oferecer, porque simplesmente agem instintivamente. Aí somos os errados pela capacidade de raciocinar. Odeiem todos. O ministério do Amor está fazendo um ótimo trabalho.
Sobre o que eu vi e o que vai ver.

Mas ainda a verdade irá nos libertar.
Ela não pode ser tocada, pronunciada ou roubada. Pode apenas ser sentida, pois não é apenas uma. E por que é tão difícil considerar isso, uma vez que também não somos só um?
Por que deveria haver apenas uma?
Você precisa decidir sobre a vida e a verdade. Todos temos que enfrentar o problema do "outro", sem tirar sua liberdade, ou o seu direito.
Há um princípio simples, que resolveria boa parte de conflitos: Considere que o outro não sabe o que você sabe.
Mas veja bem, havia mencionado simples e não fácil, pressupondo que você não sabe o que eu sei, ou não.

Você precisa ver o que fazer.
Enquanto nós olhamos para o sol...

Sobreluna

O que será este objeto que encontrei?
Possui cordas e tudo o mais.
É maravilhoso!
É tão forte quanto a vida.

Ouça a minha música,
Veja o que ela pode fazer.
música ao sistema solar.

Sim, sabemos que não é nada novo.
As pessoas fingem não se importar
Quando o problema não chega nelas
Agora, do contrário
Os gritos de desespero é tudo o que ouço.

Se vamos nos matar, como viveremos para sempre?
Como viveremos para sempre, se vamos nos matar?

segunda-feira, 19 de março de 2012

As fábulas

"Conhecimento que engrandece"
é promessa que não me desce.
Nos ensinam a andar
nos caminhos já traçados,
a vislumbrar horizontes enquadrados

A academia, ao que se mostra
por não ter resposta sabida
a minha questão quer esquecida

Mestre Marco, o que eu faço
Se nem sei quem sou eu
E a mim pedem que conte
A marcha do povo cananeu?

Título

Não é daqui.
Faz tanto tempo que não sinto.
Quando errei imaginava ter acertado
E quando acertei, imaginava-me errado.

Mas isso para a maioria.
E eu sou um só
Nada mais
Além de um nó.

E, certamente vale mais
algo que a maioria acredita
do que algo de apenas uma alma
perdida.

Aí inventei pessoas que não existem
Lá eu tenho saudade delas
O, mas a saudade era dos amigos, que
Riam, que não se importavam no instante
Instante que presenciaram tal criação.
Ainda que hoje eles mudaram.

Mudaram porque sim
porque eu mudei.
porque perdi o direito
direito de muitas coisas.

Porque eu não quero mais errar.
Mas o preço é bem alto
De fazer algo sem saber, sem uma causa.

Ainda quero achar o caminho
Não quero morrer de câncer,
Como um velho triste e sozinho.

quarta-feira, 14 de março de 2012

Viver junto, morrer sozinho

Como diz na canção,
Se eu me importo com você
E você se importa comigo
Eu não sinto sozinho o peso das pedras.

Nossas mãos estão calejadas
de tanto levar a tal pedra dia após dia.
Mas podemos nos ajudar
Eu levo um pouco a sua e você caminha.

Afinal, ninguém conhece os "ondes" e os "por quês"
Por isso podíamos deixar de lado a diferença
E focar um pouco na semelhança, talvez.
Ei, deixe-me ajudar você.

Boas maneiras não custam nada, custam?
Cada um por si, não funciona.
É, realmente mais fácil procurar a dor,
do que ficar no calor?

Aula de ontem

A mente se mostra
No mito que monta
O verbo se gosta
No conto que conta

Sem aviso, ainda estudo
O mestre que canta sem rima
Que usa máscara-escudo
Mas que a não saber, não ensina

sexta-feira, 9 de março de 2012

Elfa

"Capturei o meu nome de uma alma nobre.
Sem conhecer, sem uma causa.
Para outros nada vale. Para mim, apenas quando convém.
Eu não acredito em causas, apenas sigo o meu instinto, ele me mostrou que não sigo um caminho, para mim não existe um caminho. Caminhos são feitos de pegadas, e minhas pegadas não aparecem porque sempre ando na sombra.
Minhas mãos são negras assim como alguns de meus propósitos. Meu coração eu ainda não conheço, mas sei que não pertencerá a homem nenhum. Porque foram os homens que o escravizaram, os mesmos homens que alguns eu calei... para sempre.
Meu passado fica distante de mim em cada passo que dou. Não há como ter certeza, nem mesmo de sua existência. Finjo não me preocupar, uma vez que muito do que aprendi foi baseado em fingimento. Foi a minha sobrevivência.
Brincando com a verdade mas jogando sério com a mentira. Tudo o que faz de mim uma eterna fugitiva.
Assim como os ecos em minha cabeça à noite. Havendo um culpado, se não for eu mesma, cedo ou tarde, ele conhecerá a lâmina fria da vingança. A sensação fria e quente que de tanto sentir me extasia..."


Arleena

quarta-feira, 7 de março de 2012

Redemoinho

Tomei por gruta a pedra que surgiu em meu caminho. Desatento a falta de limo, fiz ali meu abrigo.
Revoltei-me ao perceber que ali não estava minha paz, por cujo planejamento eu era o único culpado.
Estava tentando me acomodar em uma pedra rolante; E, lago que sou, não pude compreender o rio e sua insaciável sede de seguir.
Mas aprendi a apreciar o júbilo que precede o pesar que o precedeu. Nessa roda, preso estive e estou, mas não é dela que fujo senão de mim.
Entre chama e chuva refaço meu refúgio, a cada tempestade que provoco.
Cavalgando o cavalo de um carrossel, aqui estou eu de novo.

terça-feira, 6 de março de 2012

A casa II

Então você ocasionalmente passa na frente de onde era sua morada.
Vai dar uma espiada, ver se está tudo em ordem ainda.
Você pensa em morar lá de novo, você ainda pensa.
Mas se lembra dos inquilinos.
E vendo mais de perto, percebe que há diferenças. Algumas reformas internas que nem sempre você aprova...
Ora, não seja hipócrita pelo amor de Deus, aonde você esteve todo esse tempo?
Por aí...
Tentando achar o conforto do seu antigo lar novamente.
Não é nada fácil não?
Mas talvez pior que isso, pior que a dúvida ou o medo ou a burocracia da imobiliária, sejam os corretores.
Eles estão por toda parte, tentando achar inquilinos para casas vagas.
Mas eles não pensam na manutenção da casa, pensam no seu interesse, na sua comissão.
Seus amigos, antigos inquilinos que por coisa ou outra não moram na sua antiga casa cruzam por você pela rua.
E sorriem, como se estivesse tudo perfeito.
São vermes parasitas.
Talvez os vermes e os corretores formassem um par interessante.
Enquanto isso você continua se importando, enquanto o mercado imobiliário cresce à todo vapor.

Sobriedade

Quem é você atrás da sobriedade?
O que de fato é a fuga, o falso pudor, a moral imposta, ou a verdade sem medos?
Baixando as guardas da sobriedade, o que se encontra?
Um afloramento de verdade ou uma mente confusa entre desejos e medos?
Quem é você além da sobriedade?
E quem sou eu?
A palavra, a expressão, o gesto, o sentimento, todo o conjunto comunicativo humano rendido à um estado alterado, onde o amanhã não tem vez, não há o medo, o receio de ofender, de magoar, de se dizer aquilo que nem em sonho você falaria em voz alta.
Mas, e se for mesmo verdade, de quem é essa verdade?
É nessa hora que se mistura a verdade com a opinião, e seria mais fácil contar os números depois da vírgula de uma dízima periódica do que chegar à um consenso.
Mas o importante é que as opiniões sejam ditas, porque quanto mais elas te atingirem, mais moldada será a sua personalidade.
Assim como os intemperismos moldam as rochas, as palavras moldam as pessoas.
Mas essas palavras só terão poder se forem sinceras.

segunda-feira, 5 de março de 2012

MiniVer

Cada vez mais tudo se aproxima da grande ofensiva contra a Eurásia... ou seria contra a África, ou a Estasia?

Existem pesquisas oficiais, senão inventadas, que mostram a maioria da população apoiando a guerra como política de segurança pública. É o ministério da Paz ascendendo em todo o seu vigor.

Por que existe a indústria de medicamentos tão forte ao invés de uma política de prevenção aliada à educação? É o ministério da Doença já antigo e escondido.

E como precisamos de pólos para melhor compreensão de tudo o que nos cerca, temos o ministério da Verdade à todo vapor, inclusive na internet. Nos convencendo de que a história não é importante, só o que importa é o imediato... o presente, a atualidade.

Entenderam onde eu quero chegar.
Não é nenhuma pergunta solta no ar...
Se você está contente com isso tudo,
Sinta-se feliz, baita sortudo

Viver uma eterna glória
sem perdas, sem história
indivíduo acalmado no partido acabado

Resta um ainda, o ministério do Amor.
Lavagem cerebral, torturas
Tudo carícias!
Seja amado pelo Grande Irmão, na sua forma mais natural
Desde a época do livre pensamento,
A época do crime mental...
Polícia do pensamento.

Se isto é a ordem, sejamos corruptos até a alma.
Afogaremos as leis com mãos visíveis e rosto mascarado
Cinco levantam onde um cai.
Ainda existe este desejo comum a todos nós.
E nós, não temos nenhum dos ministérios, não mais.

Nós só temos uns aos outros, dentro da escuridão infinita.

sexta-feira, 2 de março de 2012

Palavras silenciosas

Sempre soube que eu não sabia me expressar direito.
E me expressei por expressar... de forma errada, talvez.
Nunca foi a minha intenção lançar indiretas.
O que foi mencionado sempre teve o propósito e a perspectiva da transparência.

E sim, as palavras se tornaram perspectivas.
E eu já fiz a minha escolha.
Menções sobre integridade, tornar inteiro, eram de fato verdadeiras.
Tentei o que eu imaginei ser o mais correto, considerando diversos pontos de vista. Meus e seus.

Eu apenas posso mostrar uma porta, uma direção.
Certa ou não, difícil dizer...
Sei que a decisão de atravessá-la ou não, é sua.
E eu não sou um ditador para obrigar nada a ninguém.

Não fantasio pessoas, apenas me permito observar a tudo com atenção.
E me permito gostar, do que eu gosto.
Da diferença. De sentir.
Não é como estar apaixonado, é apenas se permitir gostar, que já é muita coisa por si só.

As indiretas eram diretas.
Eu também preferiria ouvir o que se passa, ao invés de ter que imaginar.
Estou demasiadamente acostumado com uma série de coisas, para ficar triste com algo dito verdadeiramente.

quinta-feira, 1 de março de 2012

Y III

Deve ser a minha cara.
Deve ser a minha barba.
O jeito de louco talvez...

Só sei que não quis ser um merda.
Não quis ser machista.
Quis ser um cara normal... que gosta.

Todo mundo tem problemas.
E problemas vem e vão.
Medo de monstros eu não tenho não.
Mas não gostaria de pensar que sou um.
Não queria que as pessoas fugissem de mim...

Queria poder escrever algumas coisas legais sem medo.
Gostaria de poder entregar coisas feitas por mim, e não ficar com elas...
Uma vez que elas são para alguém.

Talvez esteja pedindo demais.
Mas ainda assim não escondo jamais.
Só não quero que eles pensem que o cheiro do ralo vem de mim.