sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Fioletowy Kapusta

Eu quero dar-me a mim um pseudônimo; um nome que seja bacana de montão, que caia bem numa assinatura incapaz de passar despercebida.
Eu quero dar-me a mim um outro nome, nem que seja pleonásmico, de preferência hiperbólico, enaltecendo as cargas culturais que pretendo e procuro ostentar.
Tem que ser um nome massa, que soe bem aos olhos de quem me vejo, e tem que ter umas duasoutrês palavras inusitadas, bem botinudas.
Atrás dele, eu posso me esconder, posso profetizar e falar obscenidades sem represálias.
Posso chamar o papa de puto, o pelé de meu amor e dizer pra todo mundo que sou um tipo de divindade, o deus do repolho roxo, e ficar por isso mesmo.
Sairei na rua sem ser aclamado, ocultado e protegido pelo meu poderoso pseudônimo. Verei pessoas que não me reconhecerão, mas em seus rostos silentes eu terei a certeza de sua adoração para comigo e minha obra.
Como é bom ser o máximo!

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