sexta-feira, 22 de março de 2013

DECLARAÇÃO

Declaro aqui que, escolhida por mim, a palavra graficamente mais simpática é a palavra ovo. Isto enquanto escrita somente com letras minúsculas.
Contemple a beleza desta união de letras:
ovo
ovo


ovo

terça-feira, 19 de março de 2013

¡Y volvió la mala suerte! (Onomatopéias)

Internauta (lendo): "Parabéns! Por ser a milésima pessoa a acessar esta página, você acaba de ganhar R$1.000,00!?!?! Não é golpe, clique aqui!?!"

Mouse: "Click."

Internauta: "Caraca! Finalmente um pouco de sorte!"

Cooler: "Vvvvvuuuuusssshhhhh..."

Caixas de som: "TCHAN!"

Alerta do Windows: "Deseja executar o arquivo Suerte.exe?"

Mouse: "Click."

Caixas de som: "TCHAN!"

Alerta do Windows: "Ocorreu um erro fatal e seu computador será reiniciado."

Carinha em frente à uma tela vazia do notebook (desolado, já não é um internauta): "Droga! Logo agora que eu ia pegar meu prêmio, a má sorte desligou meu computador!"

sexta-feira, 15 de março de 2013

Sweet

A vida não é fácil, você me diz.
Eu sei, é difícil assumir seus erros, conviver aceitando quem você pensa que é.
Eu sei, não adianta tentar imaginar os que as pessoas pensam de ti, isso não agrega nada.
É, nós temos o dom de complicar tudo.


Mas tenho certeza que concordamos em algo. Como é bom perceber que, mesmo com todo o seu lado falho de ser humano, existe uma pessoa que acredita em ti.
Aquela pessoa que acorda todos os dias, ao teu lado, te enchendo de carinho, te amando incondicionalmente.

E como é bom poder devolver todos os sentimentos, acreditar em alguém, saber que não importa quantos momentos ruins apareçam, tudo vai ficar bem.

Oh, enfim um pouco de paz nessa jornada. Agora não parece tão idiota ter acreditado que essa pessoa existia, não é meu caro?







Aposto que concordamos, que se você encontrou essa pessoa, não vai deixar ela escapar :)

quarta-feira, 13 de março de 2013

Epitáfio

   - É que, dentro da linha de comportamento do homem que eu quero ser, eu tento ser melhor a cada dia. Estou falando de uma maneira meio enrolada, né? Mas o que eu quero dizer é o seguinte: se não o fiz antes, tive meus motivos para isso, causados pelas outras pessoas, é claro! Apenas não gostaria de entrar nesse mérito agora. Mas posso garantir que eu queria ter estado presente, abraçado meu pai, ouvido minha mãe. Queria ter dado mais atenção aos amigos. Queria ter atravessado a rua e dado um beijo nela, afinal, era seu aniversário, hoje sei que o coração dela ainda dói quando lembra que eu simplesmente sumi. Queria ter entendido desde a primeira explicação porque era tão difícil e ter sido compreensivo, e ter entendido que as pessoas me amavam e queriam meu melhor. Meu plano era falar com todos a respeito, voltar a ser o que eu era quando saí da infância, voltar a ter aquela inocência entusiasmada que podia mover o mundo. Queria assumir compromissos. Pode perguntar para o Zé, eu até comentei isso com ele! Assim que tudo voltasse ao normal eu iria dar o devido valor à tudo. Agora eu aprendi muito sobre a vida e tenho a intenção de fazer tudo direito daqui pra frente.

   - Legal!

   E essa foi a única palavra dita pelo Diabo, antes de arrastá-lo para o inferno.

segunda-feira, 11 de março de 2013

O MACACO ASTRAL MANIFESTA
É cedo demais. É cedo demais. É cedo demais.
Quebra, se quebra, cola, corta, monta
Se muda, se acerta, cabeça já tonta
É tarde demais. É tarde demais. É tarde demais.
O MACACO ASTRAL MANIFESTA

sexta-feira, 8 de março de 2013

Sabedorias de ônibus

Início da tarde do início de uma semana difícil. Caminhou até o balcão de atendimento e comprou sua passagem, marcada para as 13 horas e 30 minutos.
Entrou no ônibus quase vazio e sentou-se nos primeiros assentos. Assim como os outros passageiros que, vendo os bancos preferenciais disponíveis, ajeitaram ali seus traseiros.
Indisposta em função da gripe, desejou estar enrolada nas cobertas, atirada em algum quanto qualquer, lendo algo qualquer, enquanto enchia a boca com dezenas de pastilhas pra garganta. Mas, atendendo a um pedido, aguentaria as dores de cabeça e esquecer-se-ia dos problemas que a deixaram pesada. Deveria ir até a amiga, uma das poucas a quem ainda mantinha a sensação do “sentir-se em casa”.
Esperou mais alguns minutos até que o motorista tomasse o volante.
Pouco antes de saírem da rodoviária, um senhor de uns setenta e poucos anos sobe às pressas. A garota faz sinal para levantar-se e ele sorri ao falar: - Não, minha jovem, fique quieta aí! Isso só faz eu me sentir mais velho do que já sou! Mas, tudo bem, irei sentar ao seu lado. Lhe farei companhia neste bonito passeio. 
E, sorrindo mais uma vez, o senhor da bengala e das feições simpáticas posiciona-se ao lado esquerdo daquela que, contra a vontade, ali estava.
Conversador, falou de sua vida. De como estava angustiado e ansioso para reencontrar a filha, e de como carregava consigo um pouco de receio também. Ela, em grande parte, apenas escutava, tentando ser gentil com aquele carismático senhor que, por breves instantes, lhe lembrava seu avô. Cheio de perguntas e de sabedorias da terceira idade. Gostaria de saber até onde ela iria, se visitaria o namorado e se alguém estaria à sua espera. – Mas como uma jovem tão bonita não tem namorado? – ele repetiu algumas vezes. – Tens que ter alguém a lhe esperar ali no ponto, certo? O sol está forte, irás se queimar!
- Obrigada, mas não se preocupe. Raramente me queimo. O mais provável é que eu passe da cor leite para o café! – Respondeu a garota, em tom alegre.
O senhor riu em resposta, e permaneceu alguns segundos em silêncio, até que virou-se novamente à ela e, desta vez em seriedade, deixou com que as palavras expelissem. – Qual o motivo da tristeza em seu olhar, menina?
Franzindo a testa, ela ofereceu uma das balas das quais estava a comer, e voltou-se ao seu silêncio enquanto aproximavam-se da parada.
- Bem, é isso, é aqui que me despeço. Foi um prazer conhecê-lo!
Ao virar-se para um adeus, o desconhecido senhor da bengala e das feições simpáticas pôs a mão em seu ombro e finalizou a fala de antes:
- Tem um coração muito bom, minha jovem. Não pelas balas, não me entendas errado, por favor! Tens muita luz aí. Deve ser por isso que não se queimas ao sol, já estás acostumada com ele dentro de ti. Não acredito que vá escutar um qualquer, mas lhe peço que não deixes ninguém mudar este coração.
Os olhos brilhavam e ela não conseguia exclamar mais nada. Apenas levantou o canto dos lábios e despediu-se.
- Mas as balas estavam muito saborosas! 
Ouviu ao pisar no acostamento e ter o amarelo invadindo seu rosto.
Nem tudo era motivo de mau humor, afinal. Sentia-se leve novamente.

segunda-feira, 4 de março de 2013

O MACACO ASTRAL RETORNA
Por entre a névoa de um momento olvidouro
Em frente à massa que claudica incrédula
Anunciando profecias há muito programadas
O MACACO ASTRAL RETORNA