sexta-feira, 7 de junho de 2019

Ao todo

Só uma coisa era certa,
Todas as coisas deveriam passar
Mas não ele
Não Peixoto
Ele já era antes de tudo
Fora ele o primeiro a chegar

terça-feira, 4 de junho de 2019

CIDADE ALERTA

Há um perigo, cuidado. Há de andar armado.
Há de ser atento.
Há tensão!
Ali na frente à esquerda, só bandidos.
Por entre berros, às vezes se ouve que deus tá vendo. Ou que deus viu tudo.
Um ou outro, qual será? Acho que tanto faz.
Tem é que estudar e trabalhar.
Mas o estudo já não serve, por alguma razão.
Talvez por ter muito trabalho.
Graças a deus.
Pois quando se é bandido, certamente não trabalha. Não produz.
Atrapalha a engrenagem, da máquina de bem.
Do cidadão de bem, cansado da virtude.
Entre quatro paredes, segura a certeza.
De que há um perigo... lá fora.
Fora dele, está na cidade, está em outrem.
É temente a deus, afinal, vai saber?
Sabe a sua mulher ou a sua amante.
Uma delas apanha em silêncio, pois a maior verdade está entre duas mentiras.
O que ele sabe é sobre o certo.
Ele sabe como se resolve tudo isso que tá aí.
É muito fácil.
Um simples gesto infantil.
De brincar de faz de conta.
Tal é a seriedade em que são levados os assuntos.
Vide o apresentador, vomitando verdades prontas, acessíveis.
Tem que ter uma sequência.