terça-feira, 12 de junho de 2012

Lúgubre Interlúdio (Bbm7)

Ela era Sofia e não sabia.
Nem sentia, dia a dia, o velho Adolfo a lhe espiar.
Ali residia, na visão daquele senhor, o problema de amar tal seu amor;
no singular, no sutil ar, nu a cintilar, estava seu Adolfo e seu amar em tom febril.
Ela era Sofia e não podia deixar de ser, pois não escolhera se começar.
Criatura que era, foi sem opção lançada ao cosmo, a óleo, ao céu em tom pastel.
Ela era Sofia e não sabia se olhar; era só, só, e só sabia ser Sofia.

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