sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

XXXX

Todas as cores passam rápido, com um fundo triste de piano.
"A polícia está chegando!"
Deitados nus em uma cama proletária, ouvindo os cantos da velha senhora que, lá fora, roupas estendia.
Ela é bonita. "Tem meio metro de pernas!" Disse a moça nua, olhando pela janela.
É seu estilo de beleza.

Tenho açúcar e café de verdade, podemos tomar um café.
Não sinto mais necessidade de escrever, porque não mais tenho que carregar o peso das pedras sozinho.
Vamos fugir! Lá para aquele campo. Verde, igual à esperança.
O partido diz que ele não existe, e se existisse, seria preto e branco.

"Você acha que a resistência é real?"
Nada é real.
Então ela se virou, colocou seu uniforme delicadamente e partiu.

Provavelmente tenha sido o momento que passara mais rápido, de uma vida lenta e desagradável mas que naquele momento se fortaleceu... uma luz forte de humanidade.
E ninguém teria o poder de fazer pensar o contrário.

Nem mesmo o ministério do amor.

2 comentários:

  1. Cara, um dos livros que mais me fez pensar e olhar em volta e ver o quanto fede a merda que é jogada por aí...

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  2. >< nem me fala... olhei ontem o filme com a minha cunhada D=
    que horror...

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