Houve uma época em que a chuva
inspirava, em que as bétulas eram algo de que eu me lembrava. Eu
sabia o que dizer entre um ponto e outro, numa palavra trocada por
outra, na hora certa. Ouvia uma canção, lembrava de alguém,
esquecia o assunto. Tropicava em frases que não esperava,
silenciosamente me aproximando do fim de um parágrafo não
planejado. Não era eu que escrevia. Talvez por isso eu não possa
desaprender.
Meu amigo, deixa as palavras saírem,
deixa que elas não são tuas, não é com elas que tens de lidar.
Sobre pensar: nem pensar. Scataplam!
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