segunda-feira, 29 de julho de 2013

Escrever por escrever...

Escrever já foi uma tarefa mais fácil. Bem mais fácil.
Veja bem, pois eu falei escrever, e não escrever bem. Há uma grande diferença entre estas duas coisas.
Agora, por exemplo, apenas escrevo. Por escrever. Para ver o que consigo fazer. Para ver se ainda consigo me expressar.
Sem me preocupar com o que o Elias vai achar quando eu mandar o texto pra ele, pois é quase certo que vou fazer isso.
E também... porque fiquei com raiva de mim mesmo, depois de ter escrito mais de 20 vezes, contadinhas, a mesma linha, tentando, inutilmente, falar sobre minhas decepções com algumas dessas pessoas que chamamos de amigos. Mas não, não vou falar delas agora. Isso, e todo o resto que pensei, será dito noutra ocasião.
Já que comecei esse texto somente para escrever, é isso que farei. Vou escrever para mim mesmo, e postar naquele blog meio abandonado onde sempre coloco meus clichês, e onde muitas vezes vou, na esperança de matar aquela fome que tem dentro da minha cabeça, procurar por qualquer texto novo, qualquer coisa que me traga de volta os tempos (nem tão) antigos. Tempos onde os textos e as histórias surgiam no trabalho, nas conversas, no barzinho perto da faculdade, que na época era muito mais legal, ou só era melhor frequentado, ou ainda, e sempre considero essa possibilidade, quem tenha mudado seja eu, e seja a falta de pessoas que sejam marcantes em minha vida, que faça daquele barzinho um lugar tão mais simples e sem aquele calor dos tempos antigos.
Mas não me entenda mal, ainda há amigos lá, muitos deles, alguns muito bons. O que não há, ao menos para mim, é alguém que me sirva como fonte de inspiração. Não necessariamente uma paixão, antes que seja interpretado dessa forma, mas alguém que me incentive a fazer algo novo, algo que eu goste ou admire, mas não faça por qualquer motivo idiota.
De épocas em épocas há alguém assim, sabe?
Não que essas pessoas vão embora, até porque acho que nem tem como ir. Depois do que fazem, chegam a se tornar uma parte de ti mesmo, ou tu delas, não sei bem. O fato é que elas ficam. E todas as (inclusive pequenas) coisas que a gente faz, tem toques daquelas gentes, de sentimentos daquelas gentes, do gostinho que elas deixaram na vida.
Os pequenos toques que deixo até neste texto.
E por que eu falei de tudo isso? Porque é assim que minha cabeça funciona. Eu misturo as coisas em um fluxo inconstante e atemporal, onde o passado, o presente e o futuro se misturam, e universos paralelos são criados. Onde eu, parado atrás de mim mesmo, me vejo escrevendo.
E voltando pra ler tudo que escrevi, até que escrevi bastante sobre minha incapacidade de escrever.
Acho que tenho que ficar mais vezes com raiva, ou escutar algum tipo de música que me inspire a escrever, ou só cuspir as coisas sem me preocupar em estabelecer uma conexão entre tudo, exatamente como fiz aqui.
E aí poderei ser um escritor melhor, ou pior, ou só um escritor.
Alguém que sabe colocar palavras em ordem, para que elas façam sentido, e que no final, todos entendam que tudo acerola.
Ou não.

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