terça-feira, 6 de março de 2012

Sobriedade

Quem é você atrás da sobriedade?
O que de fato é a fuga, o falso pudor, a moral imposta, ou a verdade sem medos?
Baixando as guardas da sobriedade, o que se encontra?
Um afloramento de verdade ou uma mente confusa entre desejos e medos?
Quem é você além da sobriedade?
E quem sou eu?
A palavra, a expressão, o gesto, o sentimento, todo o conjunto comunicativo humano rendido à um estado alterado, onde o amanhã não tem vez, não há o medo, o receio de ofender, de magoar, de se dizer aquilo que nem em sonho você falaria em voz alta.
Mas, e se for mesmo verdade, de quem é essa verdade?
É nessa hora que se mistura a verdade com a opinião, e seria mais fácil contar os números depois da vírgula de uma dízima periódica do que chegar à um consenso.
Mas o importante é que as opiniões sejam ditas, porque quanto mais elas te atingirem, mais moldada será a sua personalidade.
Assim como os intemperismos moldam as rochas, as palavras moldam as pessoas.
Mas essas palavras só terão poder se forem sinceras.

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