quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Tangerine (the silent parting ways)

Onde foi parar a Tangerina? Eu não sei dizer. As discussões e teorias, muitas murcharam e sumiram.
Os cumprimentos doidos (a aranhinha) escorreram entre os dedos, e os restícios foram batidos embora na parte de trás da calça.
Os verdes gramados foram patrolados.
Ao contrário do modo como o velho tauren abdicava de um toco, abdicamos pouco a pouco do pequeno santuário compartilhado. A paz foi deixada de lado, embaixo de uma pilha de folhas num canto qualquer, para procura-la em outro lugar, nos lugares dos outros. Foi embora a graça no fazer nada, no nada mais além de alguém.
Menduim, menduim. Os sonhos não são mais os mesmos. Nem se tem mais a diversão curiosa de iniciar os projetos nunca acabados, inacabáveis.
Teias de aranha. Mais presos, quanto mais tempo passa.
Na verdade, as silenciosas despedidas não fizeram vítimas indefesas. Todos escolheram, sem optar, por um caminho diferente. Fazem falta os atalhos entre eles. Ainda são tão poucos...

Um dia, ouvi dizer que "A saudade é um desvio na linha da existência, como uma âncora que prende nosso barco no meio do mar, enquanto as ondas seguem adiante.". Agora penso que talvez sejam várias âncoras pequenas; presas na nossa pele, como anzóis. Sinto saudade de anteontem, do fim do ano anterior, do fim de uma tarde sem data, muito tempo atrás. E diante disso, não sei pra onde ir.
Não sei pra onde vamos.

Onde quer que vocês tenham ido... obrigado por, um dia, terem vindo.

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