segunda-feira, 31 de outubro de 2011

A raiva como resposta quase sempre... O calor das lágrimas quentes. A sensação de incapacidade, de fracasso e solidão mental.
No deserto do consciente as areias se movem exaustivamente, ventania constante.
Apenas um vestígio... o último refúgio humano.
No meio das areias, corroído pelo tempo, eis o meu templo.
Vou e volto dele de vez em quando, quando não vejo mais saída aqui.
Suas muralhas me protegem, de alguma forma, de todas as adversidades.
A ida é demorada e penosa, pois as areias agitam-se com firmeza, impedindo o meu avanço rápido.
A volta é sempre mais tranquila, não há ventania e sempre tem um pôr-do-sol... um próprio mecanismo de defesa contra a insanidade?
Seria ideal nunca precisar visitá-lo, mas acredito que não tenho essa sorte. Ninguém tem.
Da mesma forma que ninguém um dia aprende. Todos estão sempre aprendendo, desde o momento do nascimento até o momento da morte.

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