sexta-feira, 17 de abril de 2020

Picumã

Abrir uma porta de armário, uma música bacana tocando por perto.
Não existe uma fórmula para despertar lembranças inesperadas. Simplesmente acontece. Um ato cotidiano, num prisma mental que te lembra de algo bom que aconteceu há oito ou doze anos. O mais estranho é nem saber qual foi a memória. Só a sensação, sabe?
Parar pra pensar não ajuda, não esclarece.
É como uma pequena lembrança que se desprende, como um picumã voando da fogueira.
Uma aranha que não lembra das teias que teceu.

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