quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Ponta rosa

Eu faria diferente. Já pensei igual, sendo diferente. Entre xícara metade cheia ou metade vazia, prefiro uma xícara de café até o talo. Com um talo, um pito. E já levei muito piço, dos pais e amigos, por fumar assim. Mas é aquilo: Entre um maço de cigarro e uma lata de cerveja, tudo é morte e tudo é vida.
O problema é escolha. E eu escolho vida. Só porque todas as referências sugerem morte. Assim como vou de coturno ou de all-star em uma festa onde normalmente as garotas só vão de salto.
As referências tentam te convencer a atentar contra si próprio. Os rótulos. Os julgamentos. E eu julgo também. Mas começo a saber, sabendo que não basta, que isso tudo é uma grande piada e um tanto quanto perigosa. Ora, alguém já disse isso algum tempo atrás.
Eu sei. Você vai dizer que tudo isso é fala inútil e eu vou concordar. No entanto, mais inútil que isso é beber uma xícara inteira de café e achar que a sensação que se sente é real. Ou olhar o Jornal do Almoço depois da sobremesa e achar que na periferia só existe 'bandidos'. E que um homem que se esconde atrás de sua gravata o faz por cidadania. Os exemplos são muitos.
O que quero dizer, e estou fazendo um esforço tremendo para tanto, já que não me importo, é que você pode encarar o mundo sem ser em uma perspectiva de miséria.
Não entendeu?
Confesso que às vezes eu também não.
Mas a ideia não era bem entender... era?

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