terça-feira, 18 de outubro de 2016

É pura mentira

O Snoopy para e pensa e eu não consigo pensar. A animação que faria ele bater as patinhas na máquina de escrever trava por algum motivo qualquer. A minha animação em escrever sobre algum assunto qualquer trava minhas teclas e me incomoda.
Falar sobre não saber o que dizer sempre esteve lá como um último, penúltimo recurso; na falta de algo melhor, mais interessante.
De repente, ele volta a escrever.
Mentira, eu que o forcei a isso.
Onde estará o seu grande amigo?

Quem é capaz de invejar a si mesmo, uma estampa sua de um momento passado ou de um futuro promissor que soa perfeito apenas pela sua capacidade de nunca ter ainda existido?
Soa como algo tremendamente humano, se tal coisa há.
Há anos não bebo conhaque, mas já escrevi sobre ele várias vezes neste meio-tempo.
Metade do tempo jogada fora, senão mais.
As celas superlotam; o Rio Cadeia transborda; a prisão de condenação auto-imposta é lugar pra vagabundo.
Este quadrado preto representa a incapacidade humana de refletir.

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