quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Nem um sinal

"Amor é a resposta."
Foi o que um grande amigo dizia, enquanto sentado sobre a pedra fria eu pensava no fim, esperando que o mensageiro trouxesse seu sonoro chamado. Mas ele não veio em momento algum.
Ele não estava lá para me trazer um pingo de tranquilidade. Não conseguiu fazer seu caminho pelos números. Não está aqui, agora, enquanto escrevo este texto.
Enquanto as faíscas de fogo cruzavam o céu de forma ameaçadora, nem um sinal.
Enquanto as nuvens passavam e traziam a visão da lua, nem um sinal.
Enquanto pingos sinalizavam a volta delas, nem um sinal.
Por instantes permiti que as gotas caíssem em meu rosto, de olhos fechados, pensando em um arco-íris. um arco-íris que simplesmente não iria aparecer ali, que não me brindaria com suas belas cores, com o qual eu ocupava minha mente incessantemente. Ignorei por um momento o som, que mesmo tão perto, parecia tão distante.
Observei o amigo que havia me dito a frase inicial. Ele mirava algum ponto entre a paisagem a sua frente e o limite da sua imaginação. Mas eu sabia que os nossos pensamentos paravam em lugares semelhantes, a um, dois, ou dez passos de distância, talvez. Mas para ele, o mensageiro havia chegado, deixando-o com um sorriso estampado no rosto.
E para mim, nem um sinal.

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