quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Homem de negócios

Quero subir o degrau empreendedor. Ser dono. Quero ser dono de coisas e pessoas, quero fabricar muito, produção em alta.
Vou ter muitos escravos, sim, escravos, pois normalmente eles trabalham contra vontade por um valor injusto, em função do meu lucro. Preciso sobreviver no mercado.
Legal, na negação. Com a lei do meu lado, vou fazer eles comerem o lixo que eu fabrico por um preço especial. Claro que alguns pagarão com a vida. Mas quando o fogo aperta, a moral afrouxa e é aí que queimo os recursos do mundo, depois me viro e me escondo, porque a culpa não é minha, a culpa é do governo que deveria fiscalizar. A culpa é do sistema.

Ainda assim vão olhar para mim como o novo gênio. Percorrerei o caminho para o sucesso.

Sou o regulador cruel que fuma cigarro. Sou o que você quer e precisa ser, sou o grande irmão.
Sou o propagador do genocídio mas não sou culpado por ele, o sistema é que o é.

Sou dono da mentira estampada com o selo oficial.
Sou o único caminho possível.

Sou dono de uma multinacional.

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