segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Teríamos todos em liberdade...

Eu não gostaria de falar de escolhas.
Não vem ao caso, ainda mais quando não as temos. Quando tudo parece estar certo ainda existe uma inquietação: e se não fizemos o que achamos certo?
É óbvio que isso é pessoal, mas e se nem para nós mesmos, nossas ações foram feitas de maneira adequada, ou "certa"?

Parece mais simples quando simplesmente não há o que fazer. Mas sempre há.
Tem situações que parecem um palco montado, de um show que você já viu.
Você sabe tudo o que vai acontecer, e as coisas acontecem da maneira que você sabia que iriam. E é um ótimo show mesmo assim, um show que você não quer que termine.

Quando termina, você fica triste. Um outro dia você retorna e acontece a mesma coisa. E você acha bom.

Às vezes dizem que não podemos gostar de certas coisas. Que vamos sofrer, em determinado caminho. Que vamos ficar na solidão.
Uma vez que a liberdade se faz presente na ação, acaba se tornando uma das únicas maneiras de enxergar as coisas como elas realmente são.
E é com emoção e muito agradecimento que eu digo, que eu posso gostar de um prato de comida requentado, que eu posso gostar de arroz e feijão, que eu posso gostar da pessoa que eu quiser gostar, que eu posso gostar de tudo, e enxergar a beleza em tudo.
Que eu posso achar que não estou sendo egoísta fazendo o que considero o bem, para outras pessoas.
Que eu posso achar que o doce só vai ser doce se eu provar o amargo, e que bom! Porque sem o amargo, o doce não existiria.
Eu posso andar a pé e não de carro e achar isso muito bom.

Eu posso.

Se 'posso' teria alguma ligação com 'possuir', poderíamos poder ter tudo isso? Todos poderiam ter tudo?

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