Não vem ao caso, ainda mais quando não as temos. Quando tudo parece estar certo ainda existe uma inquietação: e se não fizemos o que achamos certo?
É óbvio que isso é pessoal, mas e se nem para nós mesmos, nossas ações foram feitas de maneira adequada, ou "certa"?
Parece mais simples quando simplesmente não há o que fazer. Mas sempre há.
Tem situações que parecem um palco montado, de um show que você já viu.
Você sabe tudo o que vai acontecer, e as coisas acontecem da maneira que você sabia que iriam. E é um ótimo show mesmo assim, um show que você não quer que termine.
Quando termina, você fica triste. Um outro dia você retorna e acontece a mesma coisa. E você acha bom.
Às vezes dizem que não podemos gostar de certas coisas. Que vamos sofrer, em determinado caminho. Que vamos ficar na solidão.
Uma vez que a liberdade se faz presente na ação, acaba se tornando uma das únicas maneiras de enxergar as coisas como elas realmente são.
E é com emoção e muito agradecimento que eu digo, que eu posso gostar de um prato de comida requentado, que eu posso gostar de arroz e feijão, que eu posso gostar da pessoa que eu quiser gostar, que eu posso gostar de tudo, e enxergar a beleza em tudo.
Que eu posso achar que não estou sendo egoísta fazendo o que considero o bem, para outras pessoas.
Que eu posso achar que o doce só vai ser doce se eu provar o amargo, e que bom! Porque sem o amargo, o doce não existiria.
Eu posso andar a pé e não de carro e achar isso muito bom.
Eu posso.
Se 'posso' teria alguma ligação com 'possuir', poderíamos poder ter tudo isso? Todos poderiam ter tudo?
Nenhum comentário:
Postar um comentário