sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Sonhoso

Era bem bonito.

Eu morava dentro de um pudim, e a calda não parava de escorrer pelas janelas, e, dentro de casa também, porque minha casa tinha um furo no meio.
Do outro do lado tinha uma casa de waffles, e lá chovia mel e chocolate.
Pensei em dar uma volta, pra ver onde é que isso ia dar, mas nem precisei dar muitos passos pra ver o que se passava no resto da rua.
A garota que morava no quindim da esquina, já tinha comido toda a sua residência, e chupava os dedos lambuzados. A cena era engraçada demais pra não rir, e eu comecei a gargalhar, algo que não se deve fazer quando o vizinho do brigadeiro do lado está jogando chocolate granulado na sua casa em forma de bolinha. Teria morrido engasgado se não tivesse um riacho de refrigerante atrás de casa.
Voltei pra dar uma última olhada, mas os gritos indicaram que era melhor correr, porque quando a avalanche de sorvete vem descendo da montanha de bolo, o bom é nem olhar pra trás.

Eram quatro da madrugada, e meu estômago roncava pedindo alguma coisa pra comer.

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