A filha de Adolfo se gostava de pintar; em sua face incógnita era vista a beleza de sua juventude irrevogável.
Adolfo dera o melhor de si na criação de sua filha, mas esta não lhe recompensava a atenção senão com um olhar enviesado vez em quando. Fazer o quê, foi pra ser assim que ele a concebeu.
Em verdade, ela encarava a todos com uma expressão de curiosa indiferença, o belo rosto maquiado em suave harmonia com qualquer trecho de paisagem que lhe acompanhasse.
Sofia, ele a chamara. A jovem Sofia, que quase sorria com a doçura de quem sabe tudo, detrás de um rosto que nunca conhecerá uma ruga; mas que conhece tudo que há entre as quatro bordas da moldura que a cerca.
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