segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Ele amava,
ninguem entendia.
Era muito pra esse mundo.
Coração muito grande,
mente muito aberta,
muita energia pra gastar.
Insaciavel, queria tudo.
Saber tudo, entender de tudo, ouvir, ver, amar tudo.
Queria viver, viajar, experimentar, se expressar, se divertir, ser ele mesmo, ser feliz.
Amava a vida, queria dissolver-se.
Fundir-se com a natureza, os amigos, a arte, a filosofia, o universo.
Queria ser um com o cosmos.
Ele queria tudo, não sabia ser menos,
não sabia parar.
Não entendia limites, correntes, barreiras.
Não podia ser podado, era uma alma livre.
Mas uma alma livre presa a um corpo de carne e osso.
Aos limites do tempo e espaço. E as regras de uma sociedade atrasada.
Incompreendido, censurado, pressionado, difamado. Apanhando de novo e de novo.
Assim corrompemos e perdemos outra alma de ouro.

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