terça-feira, 2 de março de 2021

Faz arminha

Vejo todos os dias os senhores vencidos por suas contas não pagas.
Suas dívidas crescentes de longas reações em cadeia.
Falta cadeia. Iriam dizer os entendidos do alto de suas escadarias feitas de arquivos de aço.
Em cima de secretárias de diz-que-me-diz-que.
Todas as mentiras com a mesma velha estampa.
Dos gênios inventores de escadas. Da papagaiada aclamada pelo público.
Vazam os incômodos do meu saco cheio.
Quatro paredes já não dão pra tanto cinismo.
Mas seguem os responsáveis por todo o sustendo dessa merda toda.
Que paga as contas de tudo o que é feito.
Que tira o lixo e carrega as caixas.
Que bota, tira asfalto.
Que limpa o cocô do cidadão de bem.
Bunda limpinha do dono do último lançamento importado.
Do país estrangeiro, para onde tudo foi levado.
E o índio é o culpado.

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