terça-feira, 16 de março de 2021

A economia é uma besteira

Aposto que você já se pegou olhando em algum espelho.
Um espelho que outrora foi TV, depois que a energia elétrica foi cortada.
Uma TV que foi pensada, tal como o tablet, uma grande novidade. Exceto que nos anos 60 já se imaginava algo parecido, só ainda não possuíam a estupidez de fazer dele uma necessidade. Uma fábrica.
Estupidez que deu as honras de gênios para alguns. Alguns esses, podres de rico, macacos envelhecidos por uma paranoia, ideias velhas vendidas como novas. Novidades vendidas através da propaganda. Propaganda que tem em seu cerne, a mentira. Na terra da mentira, o maior mentiroso é quem fala a verdade.
Aposto que você já se pegou fazendo algo. Produção desenfreada. Pra depois refletir, como que nunca é dono de nada. Já se pegou pensando, com a alma rasgada, dignidade levada? Já se pegou pensando em viajar ao exterior, é quase como se fosse outro planeta. Engraçado né? Que estão indo pra outros planetas. Mas não você, apenas alguns podres de ricos. Lembre-se que você não é dono de nada.
Aposto que você também ouviu muitas vezes do progresso disso e daquilo. Sinta-se feliz. Tudo está girando, estamos progredindo. Aí você se recorda que o final sempre foi o mesmo. Nessa ou nas outras vezes. Sua felicidade despencando. Mas você é teimoso, briga, chora, esperneia. Afinal, como que você ousa não estar feliz?
São só cinco passos! Três pilares! Um grande buffet, no início a salada, muitas palavras chaves, banhadas em um molho de gosto insosso e repugnante, um grande molho de chaves. Sucesso é a palavra molho. Eu não preciso nem te dizer sobre a sobremesa né? O que sobrou do jornal do almoço. Assim como o que sobrou do céu. Você também, assim como sua felicidade, come e não gosta, mas se sente obrigado a gostar. Porque os números vão bem. O mar das finanças está pra peixe. Peixe grande, sempre. Peixes gordos e preguiçosos, vivendo como parasitas, sugando tudo e todos, se sentindo vencedores no final. Mas você quer ser esse peixe também, certo? Viver em uma ilusão de vencer. Uma eterna fábrica de inimigos. Pra no final da vida marinha, ser obrigado a nadar em um oceano de tristezas sem fim de sua própria responsabilidade. Acredite, encontrei muitos peixes assim no meu trabalho. É raro, mas às vezes a consciência surge antes do fim da vida. A maioria dos casos é na despedida final que vem o reconhecimento de uma vida vivida em vão.
Não se preocupe, eu tenho uma boa notícia. É a mesma sensação de tirar o allstar depois de um plantão agitado: A economia é uma grande besteira.

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