quinta-feira, 9 de outubro de 2014

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Somente foi entre tropeços e solavancos que o senhor subiu a montanha. Pra quê? Pra sentir-se pequeno. Sucesso? Não sei... Não no calor do momento talvez. Era possível residir no início da escalada, no verdinho, pra não se cansar muito.
No processo do pequeno gesto não importava muita coisa. O que se pode fazer?
Quando sobram pessoas e faltam dedos para apontar, talvez a maneira certa seja outra.
Lá de cima o que se vê é o que se é. Somente quem senta no trono poderia ver adiante, e verá o que quiser ver. Ou estaria vendo somente o que o trono quisesse mostrar?
Se algo aconteceu é porque ainda não chegamos lá.
Ainda está incomodando o problema do outro. A sabedoria do espelho viaja longe em um Ba Chuan chinês, entre vários outros espelhos para todos os gostos e ao mesmo tempo nenhuma sabedoria.
Porque o que precisamos ver não é o que queremos ver e sim o que é.

Assim, depois de muito tempo, ao retornar da montanha, quase morrer de fome em um jejum sem precedentes, após a jovem camponesa o ajudar, após o barco passar e a corda do violão afinar, nem muito apertada e nem muito solta...

Nós lhe chamaremos Cygnus. O deus do equilíbrio você será.

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