Lembra que nem todo o grão mata a fome
E nem toda semente germina a vida
Há raiz que não serve a sustentar caule
E que não é por crescer que se garante o futuro
Cresce e brota, enraíza e dá frutos
Toma para ti, então, tudo que se desfaz
Corroendo aos poucos a tua própria essência
Leva embora o que já não mais serve a mim
Pois, para o eterno, há outra morada
Além dos teus domínios, fronteiras rijas
Onde tudo é só, onde só se é tudo
Lá, onde estarei, enquanto fores o que és
Apenas pó
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