sexta-feira, 25 de março de 2016

Juão

Falar por falar e não ter o que dizer. Falar sobre uma ponta e revelar um vagalhão de profundidades. Que trabalho árduo, todos esses verbos, tão pouco tempo, tantos pretéritos e o futuro: indefinido. Um coração selvagem pulsando, uma batida em ritmo quatro por quatro, um pneu revirando a terra que vive na linha entre os vivos e os que morreram. As águas em março molhando o outono, que coisa boa respirar esse ar leve de um ambiente arejado, sentir nas antilhas um sopro desconhecido. Provocar, aguentar calado. Não se desespere, não entre em pânico.

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