quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

God of Thunder


É necessário um trovão bem alto que sacuda tudo em tremores exasperantes, tirando todas as coisas dos lugares errados para onde elas escorreram, onde tenderiam a ficar caso nada fosse feito.
Uma gota de suor escorre pela testa; um rio de suor escorreu no dia de hoje, carregando em seu leito a tarde que mal e mal passava e que não podia deixar de desembocar num céu de relâmpagos. O deus do trovão exige um expurgo: traga uma sanguessuga, liberem a chaminé, libertaremos a fúria, condenaremos a fuga: não há para onde ir.
Os domínios do deus do trovão vão além do que se presume, sob sua vontade imperiosa explodem-se erupções incontestáveis nos vulcões de além-da-próxima-esquina; nubla-se o céu, incineram-se os pulmões. O deus dos infernos demanda um sacrifício e façam-no logo, sem marotagens. Não vai doer, é só uma picadinha.

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