É pra levar?
Mais alguma coisa?
Pode digitar tua
senha, pode dizer que eu anoto, pode informar o valor, pode creditar, pode sonegar, vale
tudo ou vale cultura, vale de lágrimas, chora cavaco, vai danada, é
marmelada, pode dizer, pode repetir, pode passar amanhã, passa
gelol, passa fome, passa roupa, cai balão, cai no golpe, cai na
farra, abre tuas asas, abre a porta, abre a porta, abre, abre, não
deixa, não descuida, vê se te cuida, vê se te emenda, fez uma
encomenda, anota na agenda, põe na conta do Abílio, pode por a tua
senha, pode deixar, pode defenestrar, não pode demorar, não digere,
não difere, não deixa passar, passa a manteiga, passa a dor,
passarela, canela fina, véia grossa, ninguém atende, ninguém
entende, ninguém se ofende, ninguém me pega, não pega ninguém, o
ano que vem, que tem, tá aí, mas não dura, não doura, não
duvida, não desliga, não desligatututututututututu tu pode botar
tua senha, é crédito ou incrédulo, é uma mosca sem asa que
ultrapassa a janela de nossa casa, não voa mas caminha, nada mas não
morre, morre na praia, na praia de azametifo onde se empilham os cadáveres
que a química sentenciou. Na atmosfera, os gases liberados pela
combustão das folhas arrancadas do calendário. Na estufa, o efeito
do carinho sobre uma planta que deixou de resmungar quando foi levada
para dentro. O mundo gira, submerso no conhaque que preenche o copo para onde tudo converge.
Nenhum comentário:
Postar um comentário