quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Dois

Um.
Guardei dinheiro no bolso da calça, um jeans velho e desbotado.
Dois.
Desci do segundo ônibus com vontade de correr, atropelando as próprias canelas enquanto, afinal, corria mais do que podia.
Cheguei até ela ofegante, suado, esperando pegá-la de surpresa e receber um sorriso tão único quanto o último.
Três.
O mundo girou com seus ginetes inconscientes, ao mesmo tempo vítimas e cúmplices.
Voltei querendo ficar, odiando amargamente as janelas que me acompanhavam e que, inevitavelmente, deixariam de mostrar-me o seu aceno.
Embrulhei e guardei cada momento no canto mais quente e aconchegante da memória, para nunca esquecer.
Um-dois-três.
Ao final, a contagem se torna regressiva, esperando um novo reencontro;
No fim, eu diria que toda história é uma história de amor;
Diria que cada história traz consigo as suas saudades.

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