terça-feira, 29 de abril de 2014

Alma

N'alma perdida que foi revelada como familiar.
Na pedra amanhecida da beira do mar. Musgo.
Mar revolto, no entanto, distante, quando grande é o pesar.
Que reino é este? Já não mais esquecido?

No sonho que a vi, não mais a mesma, cara pálida, caolha, nada de mais. Pra talvez nunca mais. Espero que não.
Cara escorrida quando pego nos braços, diferente sem ser desigual.
Cadê você?
Engraçado. Estava tudo como antes, a mesma aparência. Mas algo havia mudado, não em seu coração, nem na paisagem. Mas eu havia mudado.
No meu novo 'eu', sem precedentes, nada mais deixaria de sucumbir, tamanha a especulação de uma varredura minuciosa e derradeira.

E assim, mais uma coisa você se tornou.

Como todas as pessoas que eu vejo na rua, você é comum.
Você tem defeitos e está impregnada, assim como eu, nesta existência, onde nada que for mágico resiste.
Como as frases de motivação que não passam de uma cilada. Dos muitos gênios de escadarias, e engenheiros de sapatos...
Como em uma reunião beneficente, onde favores são trocados na base da moeda e a moeda de base é o seu mais frágil princípio. Decadente.
Onde o deus maligno das tentações e duras provações anda à espreita.
E quando ele lhe disser: "Você venceu. Você é poderoso." Recue.

Da prisão eficiente, uma saída: A sua lucidez.

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