Quem são estes senhores, estes aos quais me aliei? Será que estou servindo aos assassinos para os quais eu apontava, bradando por arrependimento? Ao que parece, estes, disfarçados, me iludiram e me mantiveram ao seu lado, lutando pela sua causa secreta, ajudando na sua formidável e proveitosa expansão.
Agora eles precisam de mais espaço, precisam de algo que não é deles, precisam derrubar e matar. São magos habilidosos, suas mãos são invisíveis. Mas posso ver o efeito do que elas fazem, isso me apavora e me enraivece. Lá estão seus outros servos, decepando as vidas de minhas irmãs e encurtando as suas próprias, agindo sem sentir. No lugar onde elas viveram, pacificamente, colocarão suas máquinas monstruosas, abissais - crias de alguém capaz de destruir a própria grande mãe. Ironicamente, estes suicidas homeopatas saúdam a partida dos seus, quando caem, decorando seus túmulos com flores. Flores, como eram flores aquelas que pisaram e arrancaram, porque agem sem sentir.
Mas eu sinto - e sinto como se tivesse juntado eu mesmo alguns daqueles galhos que agora fazem parte da fogueira que, lentamente, e cada vez mais rápido, vai queimando tudo que se conhece por belo e se conhece por vivo. Onde eu esperava chegar indo para o lado errado?
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