terça-feira, 10 de novembro de 2009

O ônibus virava na Protasio e seguia em direção da Osvaldo. Eu fechava meu livro e descia na primeira parada do Bom Fim. Descia na rua já quase vazia, imersa em meus pensamentos. Processando meu dia, degustando o livro que tinha acabado de fechar, a aula que tinha assistido, não que todas as aulas fossem interessante, ou mesmo uteis. Mas de quando em quando tinha aquelas que me marcavam profundamente. Ou apenas revivia momentos especiais do dia. Enquanto isso sempre sentia meu coração levemente apertado. Angustiado de tudo aquilo que não tinha lido, aprendido, ouvido, vivido. Com tristeza por todas as vontades que tive e não pude concretizar, todos os estímulos que tinha sofrido e não pude seguir. Pelo simples fato de ser uma só. Era esse o gosto das noites solitárias no curto caminho pelas ruas do Bom Fim até minha casa.

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