domingo, 8 de julho de 2012

(É) Tarde

Ah que saudade do tempo em que homens eram diferentes e alguns tinham orelhas pontudas, sábias palavras e gestos impulsos... Saudade de quando as mulheres não eram fruto de afirmações mesquinhas e ocultas. Ou objetos dos homens, também ocultos senão inexistentes...
Saudade do tempo em que três pessoas faziam a diferença, tinham crença, levavam ao mundo a esperança e não a desavença...
Saudade dela que chegou ao fim, eterna e mortal como todos ousaram brindar em seu nome pela derrota da escuridão... Grande emoção!
Saudade deles, dois companheiros, um forte e o outro mais sábio que forte porém não menos capaz e audaz em suas empreitadas. Saudade das lágrimas de preocupação. Momentos de tensão.
Já se foi o tempo em que buscava aos três, alguma sensatez, que não era possível. Eu caminhava invisível, não deixava ninguém me observar.

Agora ficou o cinza das nuvens. De um dia cinzento, frio de inverno, de onde eu não me preocupo mais, mas ainda procuro entender se é bênção ou maldição. Entender se não estou vivendo em vão. Acho que não...
Olhando sempre os mesmos filmes com os mesmos finais que eu já conheço, mas que não deixam de me emocionar quando a tela fica escura e posso me ver como em um espelho, minha cara envelhecendo...

Um comentário: