Foi quando percebi que era um molde, por assim dizer da própria vida. Começamos de maneira inocente, pura e criativa. Terminamos de uma maneira muito mais "madura". Cheio de medos, cheio de inquietações. É como se o tempo e a luz fossem nos transformando. Como se o meu rosto no espelho hoje fosse uma deformidade daquilo que um dia eu fui. Que não sou mais.
De fato. Quanto mais se sabe, se pensa que sabe, mais inquietante vai ficando, mais sem resposta... mais frio. E é esse o frio capaz de te empurrar para um beco sem saída, à procura de abrigo, à procura de um abraço.
É isso que nos faz ter medo do "outro", ou do problema dele. Pois, uma vez (co)existindo junto comigo, se há intolerância, há conflito, e há um problema.
Ironicamente o conflito é solúvel com a prática que leva justamente à inquietação, e ao mesmo tempo à paz individual.
E para os que dizem se tratar de uma mentira, é apenas uma mentira estampada com o selo oficial. E não há nada oficial que um dia não irá se libertar.
Assim como um dia entenderemos que todos somos pessoas, e como tais devemos ser tratados.
Assim como um dia, não precisaremos mais ter medo de sentir.
Eu não tenho mais. E você?
Também não tenho mais... x)
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