terça-feira, 28 de abril de 2009

Nós

Um homem negro, de roupas brancas, dá respostas com perguntas, abre janelas e cortinas. As portas são pesadas demais para ele.

O agente secreto é um palhaço, disfarçado dos farsantes, lutando sozinho contra todas as chances.

Do rosto pras narinas é uma questão de posição, de preconceito. Distinção de dois sentidos, do gosto ao desgaste.

O velho esquecido só conhece novidades, e é assim que ele é sábio.

Quatro pessoas voam por céus irmãos, isoladas.
Quatro pessoas sonham sob o mesmo véu, abraçadas.
Quatro pessoas choram com a mesma chuva, celebrando quando é necessário;

Mas quando os outros vão, um deles se sente só. Porque apesar dos rituais e reuniões, apesar dos encontros com os outros, este ainda não se encontrou. Ainda não descobriu que aqueles três não são amigos ou irmãos. Ele ainda não entendeu que é deles que ele é feito, ou o inverso, e o inverso. E eles, será que sabem?

Nenhum comentário:

Postar um comentário